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13º dos servidores injetará R$ 430 milhões na economia AM

Foto: Reprodução

Cerca de R$ 430 milhões serão injetados na economia neste fim de ano com o pagamento do 13º salário dos servidores públicos estaduais. A primeira parcela será paga nos dias 21 e 22 deste mês. Anunciado pelo governador Wilson Lima em outubro, o benefício deve aquecer o cenário econômico do estado no final e início do ano, gerando ainda um efeito multiplicador na economia.


É o que explica o secretário da Fazenda, Alex Del Giglio. “O efeito multiplicador se dá quando os recursos injetados na economia são utilizados dentro do estado. Como é provável que a maior parte desses recursos sejam utilizadas aqui, é possível que esse fator chegue a dobrar o montante injetado na economia”, declarou.


Segundo a Secretaria de Estado de Administração e Gestão (Sead), mais de 77 mil servidores receberão o 13º salário. O pagamento será dividido em duas parcelas, que serão pagas em novembro e dezembro.


“O pagamento será semelhante ao salário, por grupo. No dia 21 de novembro, o Governo do Estado irá pagar os grupos 1 e 2: aposentados, pensionistas, policiais militares, bombeiros, servidores da capital e do interior da Susam e Secretaria de Educação e Desporto, e servidores do interior da Sefaz, Idam, Sepror, SNPH, UEA, Seap e Adaf. No dia seguinte, 22, receberão os demais servidores, que fazem parte do grupo 3”, explica Inês Carolina Simonetti, titular da Sead.


A segunda parcela segue cronograma semelhante e será depositada nos dias 19 e 20 de dezembro.

De acordo com o secretário Alex Del Giglio, o cumprimento das obrigações do estado com o funcionalismo público só foi possível devido a uma política de reequilíbrio de contas do governo, que promoveu ajustes importantes a fim de elevar a receita tributária, conter o crescimento das despesas públicas e melhorar a qualidade do gasto, explica o secretário de Fazenda.


“Isso só foi possível graças a um esforço conjunto do Governo do Estado, com o apoio da Assembleia, em medidas de austeridade fiscal. Entre as principais, podemos destacar a Lei de Teto dos Gastos e a desvinculação de receitas obrigatórias, que abriram espaço para que tivéssemos mais recursos na fonte do tesouro”, avaliou Del Giglio.


Somam-se a esses fatores também ações como ajustes tributários, que permitiram incremento da arrecadação de impostos sem aumento da carga tributária e o Decreto de Qualidade do Gasto, que previa economia inicial de R$ 50 milhões ao mês, mas que vem superando a meta de redução de despesas desde junho, mês em que foi publicado.


Empregos – O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus, Ralph Assayag, diz que, só na capital, o comércio tem expectativa de contratação de 4 mil temporários neste fim de ano, mil a mais do que no ano passado, demonstrando reaquecimento da economia.


“Pelo menos 1.200 já estão contratados. Estamos nos preparando para a Black Friday e para o Natal”, diz Ralph.


Como os salários dos meses de novembro e dezembro serão creditados no início dos meses de dezembro e janeiro, respectivamente, a expectativa de entidade representativa do comércio é de que a alteração contribua para a sobrevida dos empregos temporários.


Segundo Ralph, a adaptação do calendário, que visa se adequar ao fluxo de caixa do tesouro estadual, pode ser positiva inclusive para o comércio. “Isso pode ser bom, porque em janeiro geralmente os lojistas já começam a demitir os temporários. E, tendo um salário a mais em janeiro, podemos estender a contratação desses funcionários por mais um mês”, declarou.

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