
A Defensoria Pública do Distrito Federal afirma em relatório que a área de saúde do Centro de Detenção Provisória 2 da Papuda estava fechada e que os presos relataram uma demora de cerca de 40 minutos no atendimento a Cleriston Pereira Da Cunha, de 46 anos, que morreu após passar mal durante o banho de sol na última segunda-feira (20).
Réu sob a acusação de participação nos ataques de 8 de janeiro, ele estava preso preventivamente, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
“No dia do óbito, foi ponto facultativo no Governo do Distrito Federal, o que levou a ter menos servidores no local que o habitual e o GEAIT (área da saúde do presídio) estava fechado”, diz trecho do relatório.
Segundo a Defensoria, a visita ao estabelecimento penitenciário teve como objetivo avaliar questões “relacionadas à saúde e alimentação, ao recebimento de material de higiene e contatos com familiares, dentre outras matérias atinentes à garantia dos direitos humanos”.
O relatório afirma que os defensores públicos chegaram à Papuda por volta das 8h30 de terça (21) e foram levados até as celas 7, 8, 9 e 10, onde estão os presos acusados pelos ataques de 8 de janeiro. A cela de número 8 era onde estava Cleriston.
De acordo com os defensores que participaram da visita, os responsáveis pela penitenciária afirmaram que o atendimento no dia da morte foi “célere”, com o acionamento imediato de Samu, Corpo de Bombeiros e integrantes da equipe médica do local.
Eles disseram que o helicóptero foi acionado, mas não pôde ser utilizado por causa das condições climáticas no dia.
Os presos deram outra versão aos defensores.


