Na região central de Manaus, o Rio Negro já começa a invadir ruas próximas a orla e ameaçar comerciantes e moradores
A Climatempo informa que a previsão é de mais chuva para todo o Amazonas para esta semana e os próximos dias de maio. Segundo registros do Instituto Nacional de Metologia (Inmet), Manaus registrou mais da metade da média anual de chuva em menos de 4 meses de 2021.
O alerta também preocupa as autoridades porque o índice pluviométrico atinge pontos da bacia do Rio Amazonas e do Rio Negro, o que pode elevar ainda mais o nível da água. É o caso de Itacoatiara, onde o Rio Amazonas está 14,6m, 40cm acima da cota de inundação severa, e de Manacapuru onde o Rio Solimões está em 19,9m , ou seja, 30cm acima do último patamar.
A previsão da meteorologia é que pelo menos até o início do mês de junho essa condições elevem o nível dos rios. Mas, aos poucos, os sistemas começam a se afastar dessa área, por exemplo a Zona de Convergência Intertropical que já inicia seu caminho para o hemisfério norte. Dessa forma, a tendência é de diminuição gradativa da chuva.
Rio Negro já alaga ruas em Manaus
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) há probabilidade de Manaus ter uma cheia histórica e o Rio Negro ultrapassar os 30 metros acima do nível do mar.
A Rua dos Barés, no Centro de Manaus, já tem pontos de alagamento provocados pela subida do rio Negro, asim como outros pontos desse área da capital do Amazonas.
Neste fim de semana, equipes da Prefeitura de Manaus estiveram no local para avaliar o que pode ser feito para manter o tráfego e a evacuação dos comerciantes, que ocupam aquela região da cidade.
A área central deve receber nos próximos dias pontes e passarelas, barragens com sacas de areia e mudança no curso do trânsito para adequação ao período de cheia, que ocorre anualmente e afeta Manaus.
Gestores da Casa Militar, Defesa Civil, Instituto de Mobilidade Urbana (IMMU) e Secretarias Municipais da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), de Saúde (Semsa) e de Limpeza Urbana (Semulsp) analisaram o local e avaliaram as medidas que serão tomadas por meio da “Operação Cheia”, para minimizar os impactos aos comerciantes, feirantes e moradores da região.
“Essa semana já iremos atuar no loca. É uma determinação do prefeito David Almeida que façamos tudo o que estiver dentro do alcance do poder público municipal e preparar a cidade para a cheia, assistindo a população da melhor forma possível. O Centro é uma das áreas que estamos monitorando desde o início do ano”, informou o Chefe da Casa Militar, Tenente William Dias.
Famílias que vivem na região central terão que ser retiradas devido aos pontos de alagamento. A Secretaria de Assistência Social (Semasc) já está planejando o trabalho de assistência social.
“Hoje realizamos a identificação dos pontos, fizemos o registro das famílias que estão em situação de rua e, a partir disso, iremos trazer o serviço de abordagem social para identificar essas pessoas para serem registradas em possíveis programas sociais”, disse a secretária da Semasc, Jane Mara Moraes.
