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Covid: Fiocruz começa a fabricar vacina com insumo brasileiro

A partir do próximo sábado (15), instituição no Rio inicia produção de doses da Oxford/AstraZeneca sem precisar importar produtos da Índia ou da China

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A Fiocruz é responsável pela fabricação da vacina AstraZeneca/OxfordDivulgação/Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começará no próximo sábado (15) a fabricar totalmente no Brasil a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceira com a farmacêutica AstraZeneca contra a Covid-19.

A produção será possível com a fabricação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) feita no país. A previsão é do vice-presidente da Fiocruz, Mario Moreira. Até o momento as doses produzidas dependem de IFA importado da China.

A Fiocruz está em condições de fazer a vacina e obteve a certificação de boas práticas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda há procedimentos de avaliação a serem realizados, além do processo de registro definitivo do imunizante.

“Vamos ter que produzir lotes de validação acertados com procedimentos internacionais e, a partir daí, a gente já começa a produzir em escala industrial. Os testes deverão aguardar o registro definitivo da Anvisa. A expectativa é de que em outubro tenhamos a liberação para entregar esses lotes produzidos de maio em diante”, disse Moreira na última sexta-feira (7).

A produção com o IFA nacional é resultado de um acordo de transferência de tecnologia entre a Fiocruz e o consórcio formado pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.

A lentidão no envio dessas substâncias tem dificultado o andamento da imunização no Brasil. Nesta segunda-feira (10), o Instituto Butantan confirmou que a produção das vacinas no país pode sofrer impacto a partir de junho se o governo chinês não liberar a importação de IFA.

O Butantan, que é ligado ao governo de São Paulo, produz a Coronavac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

O IFA para a Coronavac, enviado pelo laboratório Sinovac, está pronto para ser despachado, mas por questões aduaneiras o material está parado no país asiático. De acordo com Doria, existem 10 mil litros de insumos prontos na Sinovac aguardando autorização do governo chinês para embarque.

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