Dos 62 municípios do Amazonas, 52 estão alagados; 25 estão em situação de emergência. Previsão é de que neste ano o nível do rio Negro, chegue até a 30,35 metros, ultrapassando a cheia histórica.
A enchente que atinge cidades do Amazonas deixa 408.827 pessoas afetadas. Dos 62 municípios do Amazonas, 52 estão alagados; 25 estão em situação de emergência.
Anamã é uma das mais atingidas, com 100% de área alagada. Por conta da inundação, a cidade recebeu, na última semana, uma balsa hospital para atender a população, depois que a subida do Rio Solimões alagou o Hospital Francisco Salles de Moura.
A cheia também comprometeu o fornecimento de água potável para consumo. Por conta disso, uma Estação de Tratamento Móvel de água foi instalada na localidade. A estrutura faz a captação e tratamento da água do rio para abastecer a população. Em média, a estação tem capacidade para distribuir 15 mil litros de água purificada em 9 horas.
De acordo com a Defesa Civil, 9.570 pessoas sofrem com a inundação. Ao todo, são 2.392 famílias atingidas e 41 desabrigadas em Anamã. No Careiro da Várzea, na Região Metropolitana de Manaus, o Solimões tomou conta das ruas. Em bairros da periferia do município, moradores reclamam da falta de pontes de madeira. Na área central, as ruas foram substituídas pelas passarelas.
Em Parintins, o Rio Amazonas, que banha a cidade, alcançou o maior nível da história. A Prefeitura diz que enfrenta dificuldade para comprar madeira, insumo para a construção de pontes e marombas, alternativas para acessar as moradias atingidas pela enchente.
Na capital, o Rio Negro alcançou 29,66 metros e está 31 centímetros a menos do maior nível da enchente histórica de 2012, quando houve o pico de 29,97 metros. Por conta da inundação, que já alaga ruas do centro, a prefeitura decretou estado de emergência por 180 dias.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a previsão é de que neste ano o nível do rio Negro, na região de Manaus, chegue até a 30,35 metros, ultrapassando a cheia histórica.