O nível deve chegar a 30 metros nos próximos dias – hoje a marca é de 29,98 metros em Manaus

O Rio Negro chegou aos 29,98 metros, nesta terça-feira (1), ultrapassando 1 centímetro a cota recorde de 2012 e registrando a marca da maior cheia da história de Manaus, desde o início da marcação do nível do rio, em 1902.
Mais de 24 mil famílias em 15 bairros da capital sofrem os efeitos da enchente. Mais de 9 mil metros de pontes de madeira foram construídas nas regiões mais afetadas.
O Centro Histórico registra vários pontos de alagamento e os veículos transitam com dificuldade. Além da Praça do Relógio, o prédio da Alfândega também foi atingido. https://portalvoce.com/manaus-rio-negro-atinge-2997-e-capital-do-amazonas-registra-chega-a-maior-cheia-historica/
A água invade lojas e comerciantes relatam prejuízos. Lojistas tiveram os estabelecimentos alagados, mesmo com as contenções em forma de barreira para impedir a entrada da água.
A rotina dos moradores do Centro é diretamente prejudicada, pois além das dificuldades para realizar tarefas simples, como entrar e sair de casa por causa da falta de pontes, há o medo de contaminação pela água insalubre.
O local onde funcionava a principal e mais tradicional feira da capital, a Manaus Moderna, também foi inundado e os feirantes foram transferidos para uma balsa.
Auxílio aluguel
A prefeitura de Manaus começa a pagar, a partir desta terça-feira (1º), o Auxílio Aluguel para 1.315 famílias. A lista com os nomes dos beneficiários pode ser consultada no site semasc.manaus.am.gov.br/serviço_cidadao, clicando no ícone “Lista Auxílio Aluguel – Cheia 2021”. Cada família terá direito a duas parcelas do benefício, no valor de R$ 300.
Situação no interior
No total, 58 dos 62 municípios registram prejuízos causados pela cheia. Em todo o estado, segundo a Defesa Civil, cerca de 455 mil pessoas foram afetadas.
Em Itacoatiara, após permanecer estagnado por seis dias, o Rio Amazonas voltou a subir no fim de semana. É a maior cheia da história da cidade. O nível da água marca os 15,20 metros, de acordo com os dados divulgados pela Defesa Civil na segunda-feira (31).
Em Presidente Figueiredo, município distante 107 quilômetros de Manaus, carros pequenos já transitam com dificuldades na BR-319, que liga a capital amazonense a Porto Velho.