
A Polícia Federal foi recebida a tiros nesta quarta-feira (2) ao cumprir mandados contra o empresário Nilton Costa Lins Júnior, alvo da 4ª fase da Operação Sangria, que investiga supostos desvios de recursos de combate à Covid no Amazonas.
O empresário, que está preso na Superintendência da Polícia Federal, atirou ao perceber a movimentação dos agentes da PF na sua propriedade, que fica no mesmo terreno do Centro Universitário, que leva o seu nome, no Parque das Laranjeiras, em Manaus.
Segundo os advogados o empresário teria se assustado com a ação que aconteceu nas primeiras horas da manhã e feito um disparo para cima, por achar que se tratava de um assalto – sem saber que era a polícia. Ainda segundo eles, houve dificuldade junto aos agentes para terem acesso a casa e as ordens judiciais.
Se ficar comprovado que ele atirou contra os agentes, ele vai responder por tentativa de homicídio. Na casa foram apreendidas quatro armas.
Saiba mais
Essa é a quarta fase da Operação Sangria. Na primeira fase, foi investigado um superfaturamento pela compra de 28 respiradores de uma empresa comercializadora de vinhos e presa a secretária de Saúde Simone Papaiz.
Na segunda fase foram realizadas buscas e apreensões para verificar a atuação de agentes públicos e empresários que teriam participado do processo de aquisição. Foi preso o então secretário de Saúde, Rodrigo Tobias.
Na terceira fase foram investigadas irregularidades no pagamento para o transporte de 19 respiradores pelo Governo do Estado do Amazonas, frete que deveria ter sido custeado pela empresa fornecedora dos referidos equipamentos.
A Polícia Federal marcou uma coletiva de imprensa para as 10h da manhã de hoje, mas até o momento ainda não começou. Jornalistas aguardam na porta da Superintendência da Polícia Federal, no Dom Pedro, na Zona Centro-Oeste de Manaus.
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