Vacinas são autorizadas com desconfiança pelos técnicos que impuseram um série de resrições e condicionantes para o uso restrito dos imunizantes para grupos específicos da população

Nesta sexta-feira (4), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou a importação e o uso das vacinas Convaxin e Sputnik V no Brasil. A avaliação pela agência reguladora teve o o placar pela aprovação de quaro votos contra um.
A autorização foi dada em meio a incertezas técnicas com recomendações e em cenário de excepcionalidade, num ambiente de pressão política dos governadores do Nordeste e dos russos que acham a não aprovação da vacina da Anvisa uma propaganda negativa para o imunizante.
Para a Anvisa, ainda faltam informações essenciais da fase três das vacinas para total segurança do seu uso, por isso haverá regras rígidas na sua aplicação. A votação pela aprovação não foi unânime, como costuma ser nesses casos.
“Destaco que fica autorizada a importação excepcional e temporária do seguinte quantitativo, correspondente a doses para imunização de 1% da população nacional, dentro do cronograma enviado pelo Ministério da Saúde: 4 milhões de doses”, disse diretor da agência, Alex Machado Campos.
A maioria do colegiado da Anvisa aprovou o imunizante russo. Os cinco diretores forma a favor, porém, os três pareceres técnicos deverão fazer alguns apontamentos ainda hoje.
Há duas semanas, mais informações sobre a Sputnik V foram entregues pela União Química (representante no Brasil) e também pelo Fundo Soberano Russo (responsável por disponibilizar o imunizante).
O presidente presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres afirmou – nesta ocasião – que a agência “nunca teve apego às questões burocráticas” e que, “sem a inspeção que avalia as boas práticas de fabricação dos insumos vacinais, não é possível atestar as reais condições de fabricação do produto”.
Com isso, ao menos 20 milhões de doses da vacina indiana são estimadas em um acordo de aquisição com o governo federal. Até dado tempo, a Anvisa concedeu registro definitivo às vacinas comercializadas tanto pela Pfizer como Fiocruz.
No entanto, os imunizantes Coronavac, Janssen e Covishield só possuem autorização para o uso emergencial. Ao todo, 17 governadores adquiriram mais de 66 milhões de doses da Sputnik V, caso aprovado o uso emergencial, 37 milhões de doses devem ser entregues ao país ainda neste semestre.