Entre os presos, há um ex-superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), José Leland.

A Operação Arquimedes prendeu nesta quinta-feira (25) 26 pessoas em Manaus. A ação, deflagrada pela Polícia Federal, busca desarticular uma quadrilha responsável por extrair madeira da Amazônia de forma ilegal. Há ainda três pessoas foragidas. A operação ocorreu em outros oito Estados, além do Distrito Federal.
Entre os presos, há um ex-superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), José Leland. Segundo informações da PF ele era alvo de um mandado de busca e apreensão e acabou preso em flagrante por ter uma arma de fogo sem autorização.
A defesa de Leland informou que ainda não teve acesso ao inquérito da investigação. Entretanto, ele prestou esclarecimentos na sede da Polícia Federal.
Os policiais federais encontraram com o diretor financeiro do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Fábio Rodrigues, R$ 205 mil em espécie. Ele foi preso em casa e é suspeito de emitir 35 autorizações para exploração ilegal de madeira no Amazonas.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Fábio Rodrigues.

A operação investiga possíveis casos de corrupção entre servidores, engenheiros florestais, detentores de planos de manejo do Ipaam e do Ibama e proprietários de empresas madeireiras.
Em coletiva de imprensa, a PF informou que a corrupção ocorria entre servidores e engenheiros e madeireiros, com o objetivo de obter celeridade dentro do órgão, “passar fila”, e obter também informações sobre fiscalização nos locais de mata. Alguns pagamentos eram feitos diretamente entre servidores e madeireiros, com transação bancária direta ou quantias em espécie.
Em nota, o Ipaam informou que colabora com a polícia e que a investigação é relativa a ações ocorridas em administrações passadas. Já o Ibama não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem.
Operação Nacional
Foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 109 mandados de busca e apreensão cumpridos no Amazonas, Acre, Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais, Rondônia, Roraima, São Paulo e Distrito Federal.
Além disso, foram autorizados bloqueios de mais de R$ 50 milhões nos CNPJs das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.
Os investigados responderão, dentro das suas condutas, pelos crimes de falsidade ideológica no sistema DOF, falsidade documental nos processos de concessão e fiscalização de PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e de constituição de organização criminosa.
A operação já apreendeu em dezembro de 2017 mais de 400 contêineres no porto em Manaus, contendo aproximadamente 8.000 m³ de madeira em tora com documentação irregular.
PF faz operação e ex-presidente do Ibama-AM pode estar entre os presos

Manaus/AM – A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal, realiza nessa quinta-feira (25) a “Operação Arquimedes” com objetivo de desarticular esquema de corrupção responsável por extração ilegal de madeira na floresta amazônica.
A operação marca o início da utilização de uma ferramenta tecnológica de imagens de satélite que possibilita à Polícia Federal identificar novos focos de desmatamentos quase que diariamente, o que resultou numa melhor fiscalização e no aumento das ações in loco.
A operação investiga a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.
A PF atua em duas principais frentes de investigação criminal por meio de dois Inquéritos Policiais: a primeira, sobre a extração, exploração e comércio ilegais de madeira, e, a segunda, sobre a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.
Foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 109 mandados de busca e apreensão cumpridos nos estados do AC, AM, MG, MT, PR, RO, RR, SP e no Distrito Federal, além da autorização de bloqueio de R$50 milhões nos CNPJ´s das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.
A operação já apreendeu em dezembro de 2017 mais de 400 contêineres no porto em Manaus, contendo aproximadamente 8.000 m³ de madeira em tora com documentação irregular, que pertenciam a mais de 60 empresas de madeira. A madeira tinha como destino o mercado doméstico e internacional, sendo 140 contêineres destinados à exportação para países da Europa, Ásia e América do Norte.
Os investigados responderão, dentro das suas condutas, pelos crimes de falsidade ideológica no sistema DOF, falsidade documental nos processos de concessão e fiscalização de PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e de constituição de organização criminosa.