Comissão deve votar quebra de sigilos de líder do governo na Câmara e de deputado que denunciou pressão atípica na aquisição da vacina indiana.
A CPI da Pandemia inicia nesta terça-feira (6), sua décima semana de trabalhos e vai ouvir, a servidora Regina Célia Silva Oliveira, fiscal de contratos no Ministério da Saúde.
A servidora foi apontada pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão dele, Luis Ricardo, também servidor do Ministério da Saúde, como a responsável por autorizar e fiscalizar a importação de 20 milhões de doses do imunizante indiano Covaxin.
As possíveis irregularidades na negociação da vacina de origem indiana contra a Covid-19 são uma das atuais vertentes de investigação da CPI da Pandemia no Senado Federal.
De acordo com os irmãos, a fatura de pagamento autorizada por Regina Célia, referente ao contrato de aquisição do imunizante, no entanto, traria esses indícios de irregularidades.
Fatura da Covaxin
Segundo os irmãos Miranda, Regina Célia era a responsável por fiscalizar o contrato com a Bharat Biotech, empresa indiana que desenvolve a Covaxin.
Ainda de acordo com eles, a fatura gerada para a compra apresentava um número menor de doses do que havia sido combinado. Além disso, havia também a determinação de pagamento antecipado e o nome de uma empresa intermediária que não constava no contrato.
O servidor Luis Ricardo afirmou que as duas primeiras irregularidades foram corrigidas logo após a identificação. A fatura, porém, permaneceu em nome da empresa intermediária, a Madison Biotech, com sede em Singapura.