
A Polícia Civil de São Paulo prendeu um dos suspeitos de tocar fogo na estátua do bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro, na Zona Sul da capital paulista, durante manifestação contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, no sábado (23).
Os investigadores identificaram o motorista do caminhão que conduziu parte do grupo de manifestantes até o local e transportou os pneus. A placa do veículo havia sido adulterada.
Segundo o governo paulista, as investigações prosseguem para identificar e localizar os demais autores da ação.
Os manifestantes bloquearam a Avenida Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, no início da tarde de sábado (24) para incendiar a estátua do Borba Gato. Segundo informações da Polícia Militar, um grupo de homens desceu de um caminhão, ateou fogo em pneus na base da estátua e fugiu.
O Corpo do Bombeiros controlou as chamas. O cruzamento da Adolfo Pinheiro com a Rua Bela Vista chegou a ser interditado e o trânsito na região acabou desviado.
Um grupo chamado “Revolução Periférica” assumiu a autoria do incêndio na estátua, com fotos e vídeos nas redes sociais. A motivação, segundo eles, foi “protestar contra a homenagem a um bandeirante conhecido pelo papel de promover a escravidão de negros e indígenas”.
Quem foi Borba Gato
Manuel de Borba Gato (1649-1718) é um dos bandeirantes mais conhecidos por expedições ao interior do Brasil em busca de ouro e outras riquezas e atuante em conflitos como a Guerra dos Emboabas (1707-1709), contra a cobrança de impostos sobre o ouro por parte da coroa portuguesa. Também foi genro de outro bandeirante, Fernão Dias.
A estátua foi inaugurada em janeiro de 1963 e foi criada pelo escultor Júlio Guerra, que demorou seis anos para concluir sua obra, que tem 13 metros de altura no total.


