O delegado matou o advogado Wilson de Lima Justo Filho e feriu outras três pessoas no Porão do Alemão em novembro de 2017.
O Ministério Público do Amazonas recorreu da decisão de progressão de pena do delegado Gustavo Sotero no final da tarde desta terça feira (14). A promotora Elizandra Leite Guedes de Lira recorreu da concessão de remição pela juntada de certificados. No recurso, a promotoria questiona as remições dadas em razão dos cursos feitos pelo delegado.
O delegado obteve três remições: uma por trabalho e duas por estudo, comprovando o estudo por meio de certificados de horas. Sotero foi condenado por atirar e matar o advogado Wilson de Lima Justo Filho e feriu outras três pessoas em uma casa noturna em novembro de 2017. O delegado está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica desde o último dia 03. Ele também continua sendo remunerado com o salário de pelo menos R$ 21 mil.
“Não é cabível a progressão de regime, pois ele não teve bom comportamento. Essa é uma redução é duvidosa. Outra informação importante é que no dia 20 de setembro será julgada a apelação da defesa e é possível que haja aumento de pena. Como é possível a progressão de uma pena que ainda não é definitiva?”, questionou a advogada da família de William, Catharina Estrela.
A promotoria concordou com a remição por trabalho, mas questiona o estudo dizendo que “não se comprova estudo por certificados”. Nos cálculos da promotoria o delegado Sotero deveria progredir somente em janeiro do ano que vem.
A decisão de progressão de pena do regime fechado para o semiaberto havia sido feita pelo juiz Luiz Carlo Valois, no dia 31 de agosto deste ano e concedida no dia 01 de setembro. Na prática, esse recurso funciona da seguinte maneira: passado o prazo do recurso a decisão de responder em regime semiaberto não poderia mais ser questionada.
Relembre – O crime aconteceu em novembro de 2017 dentro de uma casa noturna na zona oeste de manaus. O advogado wilson de lima justo filho morreu ao ser baleado por tiros efetuados pelo delegado e outras três pessoas ficaram feridas. No dia do crime, sotero foi preso em flagrante pelos crimes de homicídio doloso e lesão corporal. O advogado estava na casa noturna com a esposa, que também foi baleada.