A ciclofaixa da Avenida Coronel Teixeira, a antiga Estrada da Ponta Negra, será desativada pela prefeitura de Manaus, a pedido do Ministério Público (MP). Com a medida, as três pistas da avenida que tinham sido estreitadas para a instalação da ciclofaixa voltarão às medidas originais.
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o MP e a prefeitura, na última quarta-feira (9), prevê a construção de uma ciclovia no outro lado da pista, com mão e contramão. O projeto da obra deve ser enviado pelo governo municipal ao MP em até 60 dias.
O promotor de Justiça Paulo Stélio Sabbá Guimarães, afirmou que a ciclovia vai se estender do Complexo Turístico da Ponta Negra até as proximidades da Igreja da Restauração (Ministério Internacional da Restauração).
Segundo a prefeitura, algumas desapropriações podem ser realizadas, mas grande parte do trajeto encontra-se em área pertencente ao poder público. Há ainda negociações com o Exército Brasileiro para a utilização do espaço que faz parte da área militar.
Os problemas na ciclofaixa da Estrada da Ponta Negra foram noticiados ao Ministério Público em dezembro de 2020, ano de sua inauguração. Foram feitas inspeções no local e constatados problemas de estreitamento nas faixas de veículos. Ainda em março, o órgão buscou a opinião da população manauara e de associações de ciclistas sobre a ciclofaixa. No mês de agosto, já com o TAC em formatação, o MP realizou um debate online sobre o tema.
“É comum pensarem que quem usa bicicleta pertence a grupos de ativistas que defendem o ciclismo e que apenas realizam passeios à noite ou nos fins de semana, mas, a bicicleta é um modal de transporte ecologicamente correto. Cabe ao poder público viabilizar seu uso seguro. Vemos muita gente que trabalha, por exemplo, na construção civil, se deslocar de bicicleta dentro dos bairros ou entre bairros vizinhos”, disse o promotor de Justiça