Pedido foi realizado em coletiva nesta sexta-feira (12), ocasião em que os pais lamentaram a soltura do casal de empresários Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, suspeitos de serem os mandantes do crime

Os pais do sargento do Exército, Lucas Ramon Guimarães, de 29 anos, executado no último dia 1º de setembro em Manaus, ofereceram recompensa de R$ 40 mil para quem dê informações que levem a polícia até o pistoleiro de aluguel contratado para matar o filho.
O pedido foi feito durante entrevista coletiva do casal, nesta sexta-feira (12). Na ocasião, os pais lamentaram a soltura do casal de empresários donos da rede de supermercados Vitória, Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, principais suspeitos de envolvimento do crime, de acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios e Sequestros da Polícia Civil amazonense.
“Sabemos quem são os mandantes, mas eles se encontram em silêncio e nós precisamos ajudar na investigação. Nossa família é simples, mas nos juntamos e conseguimos esse valor para que possamos pagar quem puder nos ajudar”, disse a mãe de Lucas, Livânia Guimarães.
O advogado da família, Iuri Albuquerque, afirmou que a campanha pela captura do assassino será nacional, porque é possível que o pistoleiro de aluguel não esteja mais no Amazonas.
Habeas corpus
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Traição teria motivado assassinato de sargento em Manaus. Donos de rede de supermercado foram presos. — Foto: Reprodução
O casal dono do grupo Vitória Supermercados foi solto na quarta-feira (10), após o Superior Tribunal de Justiça acolher o pedido de liberdade dos dois. Por meio de nota, o Tribunal informou que, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, para que uma prisão preventiva seja deferida ou mantida, é necessária uma fundamentação concreta. Segundo o relator, isso não teria ocorrido no caso do casal de empresários.
Apesar da concessão de liberdade, o STJ também aplicou medidas cautelares a serem cumpridas pelo casal. São elas:
- comparecimento mensal em juízo;
- proibição de manter contato com testemunhas e com familiares da vítima;
- proibição de ausentar-se da região metropolitana de Manaus, sem prévia autorização judicial;
- e proibição de ausentar-se do país, sem prévia autorização judicial, devendo entregar os passaportes.
O caso
O crime contra Lucas Guimarães aconteceu no dia 1ª de setembro, quando o sargento foi assassinado no momento em que fechava uma cafeteria, no bairro Praça 14. Lucas foi atingido por três tiros na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Após investigações da Polícia Civil, a titular da Delegacia de Homicídios e Sequestros, Marna de Miranda informou que se tratava de um crime passional, pois o sargento teria um caso com Jordana.
Uma operação foi realizada na madrugada do dia 21 de setembro para cumprir mandados de busca e apreensão na casa de Joabson e Jordana, além de unidades do grupo Vitória Supermercados, que pertence ao casal, em Manaus.
Por horas, Joabson e Jordana foram considerados foragidos pela polícia. Na tarde do mesmo dia, o casal se entregou e ficou preso temporariamente em celas da DEHS, fizeram exames de corpo de delito e seguiram para o presídio.
No dia da prisão, a defesa do casal alegou inocência e afirmou que entraria com um pedido de habeas corpus, para relaxamento de prisão. De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas a defesa de Jordana Freire havia entrado com cinco pedidos de Habeas Corpus na Justiça. O primeiro foi no dia 14 de outubro. O segundo pedido foi feito no dia 26 e foi negado.


