Família de brasileiros morta no Chile tinha viajado para comemorar aniversário da filha.
Seis turistas brasileiros foram encontrados mortos dentro de um apartamento em Santiago, no Chile. Eles morreram intoxicados por monóxido de carbono. Entre as vítimas estão duas crianças e quatro adultos.
Vítimas brasileiras
- Fabiano de Souza, 41 anos (Pai dos adolescentes e marido de Débora. Ele trabalhava como pedreiro e pescava para complementar a renda);
- Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos (Mãe dos adolescentes e mulher de Fabiano. Ela trabalhava como professora)
- Karoliny Nascimento de Souza, 14 anos (Filha de Fabiano e Débora. Ela completaria 15 anos nesta semana e estudava no 1º ano do ensino médio, em Florianópolis)
- Felipe Nascimento de Souza, 13 anos (Filho de Fabiano e Débora. Ele estudava no 9º ano do ensino fundamental, em Biguaçu)
- Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos (Catarinense irmão de Débora e marido de Adriane, que residia em Hortolândia. Ele era chefe do Departamento Pessoal do Instituto Adventista de Tecnologia e estava de férias)
- Adriane Kruger (Goiana, mulher de Jonathas e morava em Hortolândia)
Os corpos foram encontrados por policiais e pela equipe de emergência do SAMU. Eles foram acionados pelo cônsul brasileiro no Chile. Cinco das vítimas eram catarinenses e uma, goiana. De acordo com a imprensa local, os brasileiros ligaram diretamente para o cônsul para dizer que estavam com problemas de saúde. O diplomata acionou policiais e a emergência médica. Quando eles chegaram ao apartamento, a porta estava trancada e ninguém atendia. Após a chegada de um chaveiro, eles entraram no imóvel e encontraram os seis corpos.
De acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina, a família estava em Santiago para comemorar o aniversário de um dos filhos, Caroline Nascimento de Souza, que completaria 15 anos na sexta-feira. Uma das vítimas também estava de férias.
As primeiras informações foram repassadas por Noemi Fortunato Nascimento, prima de Jonathas e Débora. Ela também disse que parte da família de Santa Catarina busca doação de recursos para a viagem.
O prédio onde ocorreram as mortes foi evacuado, e ainda não é possível dizer se o problema atingiu outros apartamentos.
As autoridades ainda investigam como aconteceu a intoxicação acidental. Peritos averiguam se a queima de gás pode ter ocasionado a tragédia.

Mortes no Chile
Segundo o Itamaraty, um diplomata do Consulado do Brasil em Santiago foi alertado por um delegado brasileiro do incidente com a família. O delegado teria sido avisado no Brasil por parentes das vítimas. A imprensa chilena informou que o diplomata foi o responsável por acionar a polícia.
O comandante da polícia chilena, Rodrigo Soto, disse ao jornal “El Mercurio” que os policiais encontraram um forte cheiro do gás quando entraram no apartamento. Bombeiros ainda fazem perícia para comprovar o vazamento.
O edifício onde ocorreram as mortes fica na esquina das ruas Santo Domingo e Mosqueto, na região conhecida como Bellas Artes, Centro de Santiago. As autoridades ainda não sabem o que causou o vazamento nem por quanto tempo as vítimas respiraram o gás.
A família estava no apartamento desde domingo (19) alugado pela Airbnb. “Estamos profundamente consternados com este trágico incidente. Nós nos solidarizamos com os familiares e estamos em contato para prestar todo apoio necessário aos familiares neste momento difícil. A segurança de nossa comunidade de viajantes e anfitriões é a nossa total prioridade”, informou por meio de nota. A companhia não esclareceu sobre o seguro, e nem sobre vistoria em imóveis cadastrados.
Daniel Souza, que é irmão de Fabiano, chegou a tentar ligar para a família, mas não conseguiu contato. “Era um baita de um irmão. Não desejo nem para um inimigo. Uma tristeza muito grande, perder a família toda não é fácil. A última vez que falei pessoalmente com ele foi no dia que levei no aeroporto, depois pelo Whatsapp. Estava mandando fotos da viagem. Ontem eu tentei ligar para ele e não consegui. Tocava, mas não atendia”, disse.
Um guia de turismo chileno, Marcelo Midolo, que trabalha principalmente com turistas do Sul do Brasil, mas que não prestou serviço para esta família, enviou um áudio para a NSC TV. Ele explicou que uma agência de turismo brasileira o procurou para que ele ajudasse encontrar o grupo que estava passando mal em Santiago.