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Prefeitura anuncia medidas preventivas contra cheia do Rio Negro

Com a rápida subida do Rio Negro que pode superar a cheia histórica de 2021, a Prefeitura de Manaus anunciou nesta segunda-feira (3), que fará intervenções preventivas nos igarapés para que a população não seja tão impactada. Hoje o volume do Rio Negro subiu 7 centímetros, atingindo 24,01 metros, cerca de 2,5 metros a mais, que no mesmo dia em 2021.

O prefeito David Almeida, esteve na sede da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) e explicou que as equipes farão trabalhos em 13 pontos da cidade, com trabalhos de limpezas e desobstrução dos igarapés. “Estamos nos preparando para aquilo que esperamos ser uma grande enchente, e queremos minimizar os estragos que podem ocasionar na cidade, e por isso faremos esse trabalho preventivo”, disse.

Mais de três mil trabalhadores da Seminf e da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) farão limpezas de bueiros, galerias e desassorear igarapés.

Cheia dos rios deve atingir todos os municípios do Amazonas

Com exceção do Rio Madeira, todas as calhas do Amazonas têm registrado índices superiores à marca histórica. Caso os números continuem altos, a previsão é que, no ano de 2022, todos os municípios do estado sejam atingidos pela cheia dos rios. O alerta foi feito, nesta segunda-feira (27), durante a apresentação do plano de ação para a Operação Enchente 2022.

O planejamento define as medidas do Estado para socorrer as famílias que, possivelmente, enfrentarão prejuízos causados pela subida dos rios da região. O plano observa dados de monitoramento hidroclimatológicos que apontam risco de enchente dos rios acima da normalidade, no ano que vem.

O titular da Defesa Civil do Amazonas, coronel Francisco Máximo, destacou a ação integrada entre os órgãos estaduais para minimizar o impacto da cheia na vida da população.

“É uma marca desse governo. Desde 2019, quando o governador Wilson Lima assumiu, ele disse: ‘Não chega em lugar nenhum secretaria individual, chega o sistema, chega o Estado’. O Estado se faz representado por todas as suas secretarias, e é assim que nós estamos trabalhando, desde 2019, como um sistema. As secretarias têm trabalhado de forma conjunta para que possam ofertar os melhores serviços e o maior volume de ações, para que o Estado consiga realmente minimizar os impactos e ofertar para a população o máximo de serviços possíveis”, afirmou Francisco Máximo.

Fenômeno – Os altos níveis dos rios do Amazonas são resultado do fenômeno La Niña, um resfriamento no Oceano Pacífico que altera a circulação e potencializa as chuvas na Região Amazônica.

Além do La Niña, a especialista também ressalta o aquecimento do Atlântico Sul tropical como responsável pelas chuvas na região. “Ele funciona como uma esteira transportando umidade para a Amazônia, ou seja, mais chuva ainda. Esse é o cenário que a gente se encontra e que vai perdurar até fevereiro”, acrescentou a meteorologista.

Índices – Na calha do Rio Negro, onde a maior cheia já registrada foi neste ano, o nível está 2,88 metros acima do que estava no mesmo período do ano passado. Em 24 de dezembro de 2020, o rio estava com 20,29 metros de profundidade. No mesmo dia deste mês, chegou a 23,27 metros. Os indicadores têm como referência o município de Manaus.

Além do Rio Negro, o monitoramento do nível dos rios das calhas nas estações dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos aponta níveis atípicos, acima do esperado para a época. Se as previsões se confirmarem, os primeiros municípios serão atingidos entre a segunda quinzena de janeiro e a primeira metade de fevereiro.

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