
A polícia amazonense apreendeu dois carros e capturou Level de Freitas Vilhino, de 27 anos, um dos envolvidos na emboscada contra um carro da Polícia Civil que transportava presos do 1º DIP (Praça 14) para uma audiência de custódia no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, no bairro do Aleixo, em Manaus, na tarde de ontem (6). Um terceiro veículo que participou do ataque já foi identificado.
“Eram três carros, dois seguindo a viatura da Polícia Civil e um terceiro que se aproxima próximo a Sefaz (Secretaria de Fazenda), revelou o comandante da Polícia Militar do Amazonas, Marcos Vinícius, em entrevista na manhã de hoje (7), na Rede Tiradentes.
Ainda segundo ele, o terceiro carro que dava cobertura foi identificado pelo Sistema Paredão, que possui 350 câmeras de segurança nas ruas da cidade interligadas ao Centro de Operações Ciops da PM.
Segundo as investigações, os alvos da emboscada eram os presos Matheus Danilo Barros Dias (morto), Patrick Regis de Sena (ferido) e Antonio Marlon Silva dos Santos, (morto), que haviam sido capturados na última quarta-feira (5) e estavam detidos no 1º DIP (Praça 14). Todos eram pistoleiros e executores de uma facção criminosa e foram detidos quando seguiam para o Prosamim do Mestre Chico, na Zona Sul de Manaus, com a missão de executar integrantes de um grupo rival.
“Os presos transportados eram suspeitos de toda prática de homicídios na região de Iranduba (município da Região Metropolitana de Manaus). Eram de facção rivais, eram matadores e foram emboscados para serem executados”, afirmou a delegada-geral da Polícia Civil do Amazonas, Emília Ferraz.
Preso quando tentava fugir de carro da cidade pela BR-174 (Manaus – Boa Vista) e AM-010 (Manaus – Itacoatiara), Level de Freitas Vilhino, de 27 anos, um dos atiradores contra o carro da polícia, possui extensa criminal e cumpre pena em regime semi-aberto com o uso de tornozeleira eletrônica. Ele é acusada de cinco homicídios cometidos contra desafetos em Manaus.
Level é considerado homem de confiança da organização criminosa que seria atacada pelas vítimas executadas na emboscada de ontem e um dos principais pistoleiros usados na ação.
“Outros suspeitos já foram identificados, mas não vão revelar o nome para não atrapalhar as investigações”, informou a delegada Emília Ferraz.
Salve
Como é tradicional quando são realizadas execuções de rivais na capital amazonense, os integrantes das facções criminosas promovem uma queima de fogos de artifícios para celebrar os assassinatos dos desafetos e ontem havia um foguetório programado.
O serviço reservado da PM levantou informações e uma operação para coibir a prática foi realizada no fim da tarde e apenas em alguns locais da cidade (no Centro), no início da noite, foram registrados foguetórios (veja o vídeo).
“A PM tinha conhecimento de um ‘Salve’ para comemorar a morte dos rivais e conseguiu evitar com uma operação integrada com a Polícia Civil”, informou o comandante Marcos Vinícius.


