Após um imbróglio judicial no ano passado para retirá-lo do Bloco Norte de privatização, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes de Manaus foi definitivamente repassado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para a Vinci Airports, empresa vencedora do leilão para a sua concessão por 30 anos.
Em 7 de abril de 2021, a Vinci Airports arrematou o lote por R$ 420 milhões o Bloco que engloba, além do Aeroporto Eduardo Gomes, também os terminais de Porto Velho/RO, Rio Branco/AC, Cruzeiro do Sul/AC, Tabatinga/AM, Tefé/AM e Boa Vista/RR.
As perspectivas de arrecadação total é de cerca de R$ 5 bilhões ao longo dos pagamentos periódicos do contrato de 30 anos.
Além da arrecadação, o investimento que a Vinci deverá fazer nos aeroportos do Bloco é previsto em ao menos R$ 1,48 bilhão, provavelmente com a maior parte deste montante destinada ao terminal de Manaus, o maior e mais movimentado entre os sete arrematados.
Dias após o leilão, o Eduardo Gomes foi alvo de contestação judicial, já que o consórcio SB Porto Seco havia tentado, entre 2018 e 2019, receber a concessão em um acordo que, segundo o Ministério da Infraestrutura (MInfra), não foi adiante.
De lá para cá, os procedimentos de administração conjunta entre a Infraero e a Vinci Airports foram levados adiante ao longo dos últimos meses, até que ontem entregou gestão por completo.
Segundo os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Aeroporto de Manaus deve encerrar 2022 entre os 15 mais movimentados do Brasil, com cerca de 1,2 milhão de passageiros e como o 3º maior do país em quantidade de carga, com cerca de 145 mil toneladas.
Antes da crise da Covid-19, o aeroporto fechou 2019 com 2,9 milhões de passageiros e 120,8 mil toneladas de carga.
A Vinci faz a gestão do aeroporto de Salvador desde 2017.