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Passadas quase 48 horas do início dos conflitos entre presos no sistema penal amazonense, 55 assassinatos foram registrados até o momento nas unidades do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM), Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT) e Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).
As mortes começaram às 11h 45, do domingo, e continuaram até à tarde desta segunda-feira entre os internos das unidades prisionais, que usaram estoques feitos de escova de dente, lençóis para enforcar suas vítimas ou simplesmente “mata leão”. Algumas das mortes aconteceram na frente de parentes das vítimas durante a visita de fim de semana.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e forças de segurança ocuparam os presídios para controlar a situação, que continua tensa por detrás dos muros das unidades onde internos enviam áudios informando da confusão e pedindo ajuda da polícia para conter a onda de violência.
Ao todo chegam a 55 o número de vítimas fatais. O setor de inteligência da Seap apura as causas dos homicídios e procura identificar os autores pelas imagens das câmeras de segurança. Um inquérito foi aberto para investigar a motivação dos crimes e a visita aos detentos está suspensa por 30 dias.
Uma das causas para a mortandade, segundo o secretário de Segurança Pública Louismar Bonates, seria a adesão de presos aos programas de remissão de pena pelo trabalho incentivada pela Seap que estaria incomodado as facções, que vem enfrentando dificuldades de recrutar novos adeptos para as suas fileiras.
- As mortes desta segunda-feira:
- COMPAJ: 01
- UPP: 06
- IPAT: 25
- CDPM-1: 08
- Total = 40
