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Pedágio no rio Madeira é debatido em fórum no AM

A privatização é um projeto do Governo de Jair Bolsonaro para custear o sistema de limpeza do rio. Caso a proposta seja aceita, 200 mil pessoas podem ser afetadas.

Com a privatização, a obrigação da dragagem, que mantém o rio em sua forma natural, não será mais obrigação do governo.

Um projeto de privatização do rio Madeira será discutido por parlamentares do Amazonas no Fórum Brasileiro de Transporte Aquaviário, nesta quinta-feira (24), na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM), com entidades e representantes do transporte marítimo e fluvial de todo o país.

A possibilidade é uma proposta do governo do presidente Jair Bolsonaro e transformaria o rio em uma hidrovia, a fim de que pedágio pudesse ser cobrado. 

De acordo com a proposta, a privatização seria para custear a dragagem – um método de limpeza em rios – realizada na hidrovia. A técnica é necessária pois o rio Madeira é utilizado para o escoamento de produtos do gênero alimentício. 

Com a privatização, a obrigação da dragagem, que mantém o rio em sua forma natural, não será mais do governo.

O rio Madeira é uma das principais vias de conexão da região Norte com o restante do país, já que ainda há o imbróglio da pavimentação da BR-319, que seria uma alternativa de locomoção para estados de outras regiões.

O presidente da Comissão de Agricultura e Pesca da Aleam, o deputado estadual Dermilson Chagas (Podemos), demonstrou preocupação com o projeto do governo federal. Para ele, o plano pode prejudicar mais de 200 mil pessoas que dependem da locomoção no rio Madeira.

“Se for cobrar pedágio, o produto que abastece todo o rio Madeira vai encarecer para a nossa população?”, questionou o parlamentar.

Para Dermilson, o pedágio no Rio Madeira afetaria diretamente o bolso das pessoas que usam as águas para trabalhar. O fórum irá debater quais são os prós e contras para o transporte de pessoas e mercadorias na hidrovia. 

“Isso vai trazer mais custo, vão pagar pedágio para navegar no rio. Essa vai ser uma das questões que serão discutidas nesse evento, no qual vamos ter a oportunidade de debater e descobrir se isso será benéfico ou não para o nosso povo”, completou o deputado Dermilson Chagas.

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