Portal Você Online

UEA apura atividades de professor pego pela PF por tráfico de órgãos

A Universidade do Amazonas (UEA) instalou uma Comissão de Sindicância para apurar possíveis irregularidades cometidas pelo professor de Anatomia da Escola Superior de Ciências da Saúde, Helder Bindá Pimenta, investigado pela Polícia Federal por tráfico internacional de órgãos humanos de Manaus para a Ásia.

A comissão vai identificar o uso de material do laboratório de anatomia, onde o professor ministra aulas, além da técnica de plastinação utilizada para a conservação dos órgãos descobertos pelo raio x do aeroporto Internacional Eduardo Gomes de Manaus com destino a Singapura.

O professor concursado foi afastado da sala de aula pela direção da UEA por 30 dias.

Para o reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, a comissão vai buscar respostas para preservar a instituição e terá caráter institucional.

“A Comissão é constituída por dois advogados e dois patologistas. São profissionais qualificados para avaliar o caso”, informou ele.

A presidente da comissão é a professora Patrícia Fortes Attademo Ferreira. Ela disse que que todo o processo correrá sob sigilo por parte da instituição.

“Hoje vamos disponibilizar a ata de abertura da sindicância com as providências da comissão para iniciar as oitivas e colher os depoimentos”, explicou.

Participaram da reunião da Comissão, o reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, o procurador jurídico da UEA, David Xavier, os membros da Comissão, Tiago Novaes Pinheiro (docente vinculado à Escola Superior de Ciências da Saúde) e Antonio Eduardo Martinez Palhares (docente vinculado à Escola Superior de Ciências da Saúde), além do secretário da Comissão, Wandrey Cristiano de Jesus Vieira.

Saiba mais

Na terça última (22), a PF identificou, por meio de exames grafotécnicos, que a grafia usada na encomenda – uma mão e três placentas – que seria enviada para Singapura era do professor. Segundo a PF, as investigações são realizadas desde outubro de 2021 e que ao procurar o professor ele não teria colaborado e permaneceu em silêncio.

Ainda segundo a PF, os órgãos tinham como destino o designer indonésio, Arnold Putra. Ele é um artista asiático que produz e vende bolsas com vértebras e costelas de pessoas pela internet.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Igor de Souza Barros, levantou que o artista costuma receber encomendas desse tipo, “Verificamos que esse destinatário já tinha indícios de recebimento de materiais humanos não só do Brasil, mas de outros lugares para fazer artesanato, adornos e peças”.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *