
Há 2 anos o Amazonas confirmava o primeiro caso de covid-19 no Estado. O vírus já estava circulando em alguns estados do país, mas a confirmação da chegada ao Amazonas só aconteceu em 13 de março de 2020.
O anúncio foi feito pela então diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde, doutora Rosemary Costa Pinto, um dos nomes de destaque no enfrentamento à Pandemia e que morreu por complicações da doença – foi inspiração para muitos amazonenses, porque suas palavras traziam esperança.
Em menos de um ano, o estado passou por dois picos da doença, o primeiro foi entre abril e maio de 2020, quando a rede de saúde e o sistema funerário ficaram sobrecarregados. Medidas mais rígidas foram adotadas, como o isolamento social, o fechamento do comércio e suspensão de atividades não essenciais, além da obrigatoriedade do uso de máscara.
Na segunda onda, em janeiro de 2021, o cenário foi ainda mais grave: faltou oxigênio nos hospitais. Pacientes foram levados a outros estados e houve recordes de mortes. O Amazonas recebia de outros estados doações do insumo.

Além da demora do governo para tomar decisões, no auge da crise da saúde, um voluntário de uma ONG que transportava cilindros de oxigênio doados para os hospitais furtou e revendeu os produtos. Hoje ele está preso, mas o prejuízo é irreparável. Muitos perderam à vida nessa luta.
A vacina contra a doença só chegou ao estado no dia 19 de janeiro de 2021. Muitas vidas já tinham sido perdidas. O cronograma de imunização iniciou com profissionais da saúde que atuaram na linha de frente, idosos, pessoas com deficiência e indígenas. Apesar disso, médicos e servidores foram suspeitos de terem furado a fila.
Atualmente, a campanha de imunização segue com o cronograma ampliado e com vacina disponível para quase todas as faixas etárias e grupos. No entanto, menos da metade dos municípios alcançaram pelo menos 50% da população com ciclo vacinal completo no estado.
Em meio ao cenário, o estado tem flexibilizado medidas de combate ao vírus. Recentemente, o uso de máscara de proteção em locais abertos deixou de ser obrigatório em Manaus e o governo pretende liberar a população de usar a máscara também em locais fechados. É possível manter a esperança de que dias melhores estão por vir, mas sem esquecer que a responsabilidade é de cada um de nós.