
A promotora Especializada na proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, Nilda Silva Souza solicitou que a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) faça um estudo do ambiente familiar de Emanuel Marques de Oliveira, de 9 anos, que viajou escondido, sem documentos e nem bagagem, de Manaus (AM) para Guarulhos (SP).
O levantamento vai apurar os fatos e possíveis repercussões jurídicas do caso, com informações sobre matrícula escolar, frequência no colégio e o ambiente familiar da criança.
O menino disse na época que queria morar em São Paulo e ficar mais próximo de outros familiares residentes naquele estado.
O caso, aconteceu em fevereiro deste ano, e chamou a atenção pela facilidade que o garoto teve para furar todas as barreiras de fiscalização de acesso ao embarque doméstico do Aeroporto Internacional Eduardo gomes de Manaus.
As primeiras investigações da Polícia Civil informa que a investigação está sob sigilo e novas informações não podem ser repassadas para não atrapalhar os trabalhos policiais. Preliminarmente, também apontou que a criança agiu sozinha, sem a ajuda de adultos. Além disso, a fuga não teve violência familiar como causa. Mesmo assim, o Ministério Público abriu o procedimento investigativo.
A companhia Latam e a Vinci Airports, que administra o Aeroporto de Manaus, afirmam que investigam o caso, mas até o momento nenhuma informação foi divulgada sobre a responsabilidade dos acontecimentos.
O caso
O menino embarcou sozinho sem passagem, bagagem e documentos e viajou até São Paulo num avião da Latam, em 28 de fevereiro último.
Segundo a polícia, ele agiu sozinho e pesquisou na internet “como entrar em um avião despercebido”. Ainda de acordo com a PC, Emanuel não tem histórico de violência familiar e disse que o motivo da viagem era a vontade de morar na capital paulista com outros familiares.
A mãe, Daniele Marques, de 27 anos, registrou queixa após acordar e não encontrar o filho em casa. No mesmo dia ela foi informada pela Latam sobre onde estava o filho.
Segundo ela, ele saiu de casa de manhã, pegou um ônibus no bairro do Tarumã, onde moram na mesma região próxima ao aeroporto.
A mãe contou na época que o filho está acostumado a viajar junto com os pais. Disse que ele chegou no aeroporto, olhou os locais de voos e horários, passou por três vistorias e ninguém o notou. “Só perceberam quando meu filho desembarcou em São Paulo”.