
Nessa quinta-feira (12), representantes de todas as secretarias municipais que atuam na operação “Cheia 2022” se reuniram no Centro de Cooperação da Cidade (CCC), zona Centro-Sul, para alinhar as ações e criar subsídios para que o prefeito de Manaus, David Almeida, possa decretar estado de emergência na cidade por conta da cheia do rio Negro, que já ultrapassa a marca dos 29,15 metros.
O nível elevado das águas do rio não é motivo suficiente para que seja decretado estado de emergência, ainda que já tenha indícios para uma cheia severa, como destacou o titular da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), Sérgio Fontes. O que leva ao decreto são todas as ações que devem ser feitas pelo município para enfrentar as consequências do fenômeno.
“Quando chegamos à cota de 29 metros já podemos considerar uma cota de cheia severa e merece atenção. Com isso, precisamos de meios especiais para enfrentar essas circunstâncias, esses meios só virão com a decretação do estado de emergência, com o apoio de todas as secretarias”, destacou Fontes.
Participaram da reunião representantes da Defesa Civil e das secretarias municipais da Mulher, Assistência Social e Cidadania; de Infraestrutura; Limpeza Urbana; de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal; de Saúde; de Comunicação; do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana e do Fundo Manaus Solidária.
Bairros atingidos
Conforme a Defesa Civil de Manaus, dos 19 bairros previstos para serem atingidos com a cheia de 2022, 11 já sofrem com a subida do nível do rio.
“Já é considerada uma cheia severa, por isso estamos tratando detalhes com a ação da operação ‘Cheia 2022’, para poder subsidiar o chefe do Executivo municipal com relação à decretação de emergência. Já temos computados danos e prejuízos em 11 bairros, onde a prefeitura já está trabalhando com construção de pontes e demais auxílios. Temos também grande preocupação com o Centro Histórico de Manaus, que sempre sofre com alagação, onde também já estamos atuando”, ressaltou o secretário-executivo de Defesa Civil de Manaus, Fernando Júnior.
Ainda segundo o secretário, pontes de madeiras estão sendo construídas na área central da cidade, para evitar que os comércios sejam fechados por conta da cheia.
Ação governamental
Como parte do plano emergencial para enfretar a cheia, o governo do Estado anunciou, em 29 de abril, o Auxílio Enchente, no valor de R$ 300, para atender famílias atingidas. Nos municípios do interior, o plano inclui, ainda, a liberação de crédito e o perdão de dívidas com a Afeam (Agência de Fomento do Amazonas) para empreendedores que tiverem prejuízos por conta da cheia.
A previsão é que seja aplicado R$ 100 milhões no programa emergencial.