
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,3 pontos de abril para maio deste ano e chegou a 99,7 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.
Essa foi a segunda alta consecutiva do indicador, que atingiu o maior patamar desde dezembro do ano passado (100,1 pontos).
Houve aumento da confiança dos empresários em 12 dos 19 segmentos da indústria brasileira pesquisados pela FGV.
O Índice de Expectativas, que analisa a confiança do empresariado no futuro, cresceu 3 pontos e atingiu 99 pontos. Já o Índice da Situação Atual, que calcula a percepção sobre o presente, subiu 1,6 ponto e chegou a 100,4 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da Indústria aumentou 1 ponto percentual em maio e chegou a 80,8%, o maior nível desde outubro de 2021.
Pandemia
No início da pandemia de Covid-19, em maio de 2020, por exemplo, o otimismo do comércio varejista no Brasil chegou a registrar valores próximos a 65 pontos — o pior índice da série histórica, iniciada em 2010. O indicador da apresenta valores entre zero e 200 pontos.
Quando aparece acima de 100, o levantamento sugere que o setor varejista está aquecido e com boas perspectivas para o futuro. A confiança dos pequenos varejos foi o destaque positivo para o mês de maio. Segundo a pesquisa, “as empresas de pequeno porte tiveram um aumento de 32% no otimismo neste mês, comparado com o mesmo período de 2021”. O grande comércio também teve um bom resultado: um avanço de 10,2% para o período.
Para o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pierre Souza, o resultado mostra que, atualmente, o otimismo pela manutenção da flexibilização das medidas restritivas é maior do que a preocupação com a alta dos preços. No entanto, apesar do resultado, ele garante que os empresários estão “muito preocupados” com o indicador econômico.
“O resultado mostra um otimismo geral do setor, sendo com maior destaque para as pequenas empresas, que dependem mais do fluxo orgânico de pessoas nas ruas. No entanto, podemos afirmar que a inflação certamente está no radar dos empresários”, disse o economista.