
Em nota divulgada à imprensa, no início da noite desta segunda-feira (13), a Polícia Federal informou que uma perícia está sendo realizada em material orgânico aparentemente humano e nas amostras de sangue coletados ao longo das buscas e que o resultado deverá sair no decorrer dessa semana.
De acordo com a nota, divulgada pela Polícia Federal (PF), o material encontrado foi encaminhado para análise pericial pelo Instituto Nacional de Criminalística da PF, assim como as amostras de sangue encontradas na embarcação de Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como “Pelado”.
“Além dos esforços concentrados no referido local, as buscas continuaram em outras áreas do Rio Itaquaí e as investigações continuam sendo realizadas de forma técnica, sem que esforços materiais e humanos sejam poupados para a completa elucidação dos fatos”.
Polícia mira novos suspeitos
As buscas por Bruno Pereira e Dom Phillips continuam na região do Vale do Javari, no Amazonas, e paralelo a isso, também seguem as investigações sobre o provável envolvimento de outros suspeitos no caso, além do preso Amarildo Oliveira, o “Pelado”.
Conforme o jornal Folha de São Paulo, agentes da Polícia Civil do Amazonas e da Polícia Federal, revelaram extraoficialmente que as investigações apontam para outros moradores da região como participantes no desaparecimento.
Esposa de ‘Pelado’, presta depoimento
A Polícia Civil ouviu a mulher de Amarildo da Costa Oliveira, o ‘Pelado’, nas investigações sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Amarildo é investigado pelo desaparecimento da dupla, mas nega participação.
Segundo a polícia, a mulher, que não teve seu nome divulgado, depôs em companhia de um advogado e preferiu não falar sobre a prisão do marido nem sobre o caso dos desaparecidos. Não foi informado quando ocorreu o depoimento.
Com ela, são nove pessoas ouvidas pela Polícia até o momento. No entanto, ainda não se sabe quando ocorreu o depoimento da mulher.
O desaparecimento
Bruno e Phillips foram vistos pela última vez quando chegaram na comunidade São Rafael por volta das 6h de domingo e onde conversaram com a esposa do líder comunitário apelidado de Churrasco. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.
“Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas”, diz o texto da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).


