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TJAM nega suspensão de processos a médico suspeito de estuprar seis pacientes em Manaus

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) negou os pedidos de suspensão dos processos do médico Júlio Adriano da Rocha Carvalho, acusado de estuprar pacientes em um consultório em Manaus. Júlio responde às ações em liberdade.

Ele responde dois processos no primeiro grau de 2018, com duas vítima. O segundo processo de 2019 tem quatro vítimas.

Na época quando a primeira denúncia veio a tona, todas as vítimas relataram que o médico abusou delas durante as consultas, uma das mulheres estava grávida na época do crime. Ela contou que procurou o hospital porque estava com fortes dores no estômago e que dentro do consultório, Júlio ordenou que ela tirasse o vestido e começou a apalpá-la.

Ela estranhou o ato e tentou se desvencilhar, mas o médico chegou a puxá-la para o colo dele na tentativa de fazer sexo com ela. A mulher procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência.

O Ministério Público já ofereceu denúncia nos dois processos em que o médico é acusado. No momento, as duas ações estão em fase de instrução processual.

Segundo o Tribunal de Justiça, a pandemia da Covid-19 prejudicou o andamento das ações devido à dificuldade de localização das pessoas citadas nas ações.

Ainda conforme a justiça, a defesa do médico entrou com dois recursos, sendo um no 1º grau e outro no 2º grau. Os advogados alegaram “a decadência de direito de ação”, que seria a perda do direito do Ministério Público e das vítimas de processar o réu, diante da inércia durante o tempo fixado no Código Penal. A defesa pede, ainda, a absolvição sumária do acusado.

Os dois recursos foram negados, tanto pela juiza de 1º grau, Careen Aguiar Fernandes, como pela desembargadora Carla Reis, em junho deste ano. Com isso, as ações seguem na fase de instrução.

Crimes aconteceram no consultório, afirmam as vítimas

Na época, as vítimas prestaram queixa no 24º Distrito Integrado de Polícia de Manaus. O delegado Marcelo Martins atendeu o caso e localizou denúncias de outras duas vítimas em 2016. Abusos contra pacientes também teriam ocorrido em unidades públicas de saúde.

“Ele tinha esse modus operandi de trancar a porta da sala e solicitar a tirada de roupas. Ao final, ele colocava as mãos nas partes íntimas das vítimas. Caso exista alguma outra vítima, podem procurar o 24º DIP que vamos investigar”, disse o delegado à época.

Ainda em janeiro de 2019, o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM) cumpriu um pedido da 7ª Vara Criminal e suspendeu a inscrição de Júlio Adriano da Rocha Carvalho. Ele estava impedido de exercer a profissão.

Na época, a justiça também determinou outra medidas cautelares, como proibir Júlio de entrar em qualquer ambiente hospitalar ou de saúde e o uso de tornozeleira eletrônica.

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