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Glenn fala que Brasil não é uma democracia


Deputados rasgam seda ao jornalista e tecem criticas ao ministro antes mesmo do depoimento do Jornalista começar. Vejam o vídeo

O jornalista Glenn Greenwald  está prestando esclarecimentos neste momento na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 25. O depoimento começou por volta das 15h e em sua primeira fala, Greenwald disse, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não negou, em nenhum momento, a veracidade das mensagens reveladas pelo site The Intercept Brasil, envolvendo o então juiz federal e o procurador Deltan Dallagnol. “Ele disse apenas que o material poderia ter sido alterado”, afirmou.

Greenwald afirmou que ficou “chocado” quando teve contato com o material enviado à equipe do The Intercept Brasil por uma fonte anônima. Ele disse que, “em qualquer país democrático”, Moro sofreria consequências graves, como perda do cargo de ministro ou proibição para exercer a função pública.

Na sessão desta terça-feira, o jornalista também rebateu as declarações de que o conteúdo foi obtido de forma ilegal. Greenwald disse que “não tem importância nenhuma” o método utilizado por uma fonte para obter uma informação. “O jornalismo mais importante nas ultimas décadas foi baseado em informações e documentos muitas vezes roubados”, afirmou.

Desde o dia 9 de junho, o site The Intercept Brasil tem publicado reportagens sobre conversas do atual ministro da Justiça e Segurança Pública com o chefe da força-tarefa da Lava Jato.

No dia 14 de junho, o site revelou que Moro pediu aos procuradores uma nota à imprensa para responder o que classificou como “showzinho” da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o depoimento do petista no caso do triplex do Guarujá, em São Paulo.

Greenwald foi convidado pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB-AP), Carlos Veras (PT-PE), Márcio Jerry (PC do B-MA) e Túlio Gadelha (PDT-PE).

Um forte esquema de segurança foi montado para entrada no plenário. Apenas funcionários designados e com crachá especial poderão entrar na sessão da Câmara.

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