As reduções de impostos e ajustes de preço de algumas commodities devem continuar derrubando a inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve queda de 0,36% em agosto, após outro recuo de 0,68% em julho, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). Com isso, o país registrou deflação pelo segundo mês seguido. Desde o plano Real, o Brasil registrou deflação 16 vezes.
No ano, o IPCA acumula alta de 4,39%. Já nos últimos 12 meses, a alta é de 8,73%, a menor desde junho de 2021 (8,35%). Nos 12 meses imediatamente anteriores, a alta havia sido de 10,07%. Em agosto de 2021, a variação havia sido de 0,87%.
“Alguns fatores explicam a queda menor em relação a julho. Um deles é a retração menos intensa da energia elétrica (-1,27%), que havia sido de 5,78% no mês anterior, em consequência da redução das alíquotas de ICMS. Também houve aceleração de alguns grupos, como saúde e cuidados pessoais (1,31%) e vestuário (1,69%), e a queda menos forte do grupo de transportes em agosto. No mês anterior, os preços da gasolina, que é o item de maior peso no grupo, tinham caído 15,48% e, em agosto, a retração foi menor (-11,64%)”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.