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Amazonas já investiu mais de R$ 350 milhões em saúde no interior do estado

De UTIs a novos hospitais, governo estadual destinou recursos para a área nos últimos três anos e meio na gestão de govenador Wilson Lima

Primeira ala com leitos de UTI no interior do Amazonas é inaugurada em  Parintins | Amazonas | G1

Abertura de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), contratação de profissionais, instalação de usinas de oxigênio, foram alguns dos investimentos realizados pelo Governo do Amazonas nos últimos três anos de gestão do governador Wilson Lima, no interior do estado, que já somam R$ 350 milhões.

Os recursos foram usados na onstrução, reforma e ampliação em 48 unidades hospitalares nos municípios em obras executadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE).

O secretário de Saúde, Anoar Samad, afirma que a expansão dos serviços de saúde no interior tem sido fundamental para o melhor funcionamento dos atendimentos de média e alta complexidade, entre eles a implantação de UTIs, que já estão em funcionamento em Parintins, Tefé e Tabatinga.

“O nosso interior do Amazonas já tem uma dificuldade muito grande de logística, tudo é muito distante, então se você não descentralizar a saúde, dificilmente você vai conseguir que este município, este interior, se desenvolva. Nós temos a atenção básica, que é função dos municípios prestarem, então nós investimos muito na média e alta complexidade”, afirmou Samad.

Hospitais e maternidades

Entre os investimentos estão a reforma de dois hospitais, nos municípios de Tabatinga e Itacoatiara – situados a 1.108 e 176 km de distância da capital, respectivamente – prometem grandes avanços para a população dos municípios e arredores.

Os investimentos para a reforma e ampliação, adequação do Complexo Hospitalar da Unidade Hospitalar de Tabatinga e Maternidade Celina Villacrez, somam R$ 16 milhões. A unidade contará com três salas de centro cirúrgico e 64 leitos no total. A maternidade contará com 24 leitos, sendo 1 (um) de alto risco.

Em Manacapuru (68 km de Manaus), o primeiro Hospital Regional do Estado será finalmente uma realidade para os moradores do município e da Região Metropolitana de Manaus. Em parceria com a SES-AM, a UGPE trabalha para que as obras iniciem.

“O Hospital de Manacapuru tem uma importância gigantesca para a região. Como em relação a Humaitá, Manacapuru é muito parecido, porque tem a Região Metropolitana, com municípios próximos, como Caapiranga e Iranduba, tendo como referência esse hospital”, afirmou João Benayon, coordenador de engenharia da UGPE.

Em Santo Antônio do Matupi, distrito do município de Manicoré (distante 332 quilômetros da capital), a obra de ampliação da unidade hospitalar está orçada em R$ 646,4 mil.

O hospital contará com 17 leitos para atendimento de urgência e emergência 24 horas, e um Centro de Parto Normal. Os leitos estão divididos em sala de emergência, enfermaria pediátrica, enfermaria feminina adulto, enfermaria masculina adulto e alojamento conjunto para lactante e recém-nascido.

Ao todo, serão 906 metros quadrados de área construída. Além das enfermarias, a unidade contará com sala de raio-X, laboratório central, consultório odontológico, consultório médico com eletrocardiograma, consultório ginecológico com ultrassonografia e sala de pequenos procedimentos.

“Em Matupi, por várias promessas que haviam sido feitas, anteriormente, as pessoas comentaram que não ia sair. Eles realmente estavam em descrédito em relação a isso, e hoje é uma realidade. A gente está com as obras avançadas, acredito que a população esteja muito animada com a entrega desse prédio”, afirmou o engenheiro João Benayon.

UTIs

De forma inédita, foram inauguradas UTIs no interior do estado. Pacientes que antes precisavam ser removidos para a capital agora poderão ser internados em cidades-polo onde estão instaladas as primeiras unidades.

No dia 20 de agosto deste ano, Tabatinga recebeu dez leitos de UTI. O município se une às cidades de Parintins e Tefé, e juntos já somam 31 leitos de tratamento em alta complexidade.

A implantação dos leitos de UTI no interior é fruto de parceria entre o governo do Estado e prefeituras, com apoio da iniciativa privada.

As três unidades de saúde onde foram instaladas as UTIs passaram por adequações e reformas, custeadas e coordenadas pelo Governo do Estado.

“É importante ter essas UTIs, com o tempo elas vão trazer novas necessidades de saúde, e com isso vai se ampliando a capacidade. ‘E aí, acabou a UTI aérea?’ De forma alguma. Nós temos, talvez em todo Brasil, a maior estrutura de UTI Aérea, a gente consegue trazer pacientes todos os dias”, explicou o secretário de Saúde.

Usinas de oxigênio


Atualmente as unidades do interior já possuem 30 usinas produtoras de oxigênio com capacidade total de produção 12 mil metros cúbicos (m³) por dia do gás hospitalar.

“É muito importante que as pessoas entendam que a questão da usina não é que você vai funcionar um hospital com usina, mas é importante como um gerador de energia. Se faltar energia no hospital, entra o gerador, se faltar oxigênio, entra a usina de oxigênio, então esse também foi um investimento muito alto”, ressaltou Samad.

Das 30 usinas disponibilizadas aos municípios, 29 já estão instaladas e funcionando, e uma está em processo de instalação.

Emprego e renda

Para a ampliação, reforma e adequações realizadas nas unidades de saúde, o Estado também investiu na contratação de pessoal, gerando em torno de 414 empregos diretos e indiretos, renda, e ofererecendo melhor serviço para a população do interior.

Em Parintins (369 km de Manaus), para a instalação dos leitos de UTI, foram realizadas obras de adaptação no Hospital Jofre Cohen. O Executivo estadual contratou serviços especializados, médico e de enfermagem intensivistas, técnico de enfermagem com experiência em tratamento intensivo, nefrologia, fisioterapeuta, nutricionista, farmacêutico bioquímico e médico neonatologista.

No município de Tefé 523 km da capital), a SES-AM contratatou serviços especializados para suporte da UTI: médicos intensivistas, contratação de serviços médicos e procedimentos em Nefrologia e Terapia Renal Substitutiva (TRS), c enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de médicos neonatologistas.

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