Portal Você Online

Sexo sem proteção fez 2.249 manauaras buscarem medicação contra HIV

Em três anos, mais de dois mil atendimentos foram registrados pela Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) com o objetivo de reduzir o risco de infecção pelo HIV, vírus causador da Aids.

O procedimento de urgência é denominado de Profilaxia Pós-Exposição de Risco (PEP), disponibilizado gratuitamente na unidade de saúde para todas as pessoas que tiveram exposição ao vírus, e é a segunda maior demanda atendida pela unidade hospitalar, depois da malária.

De acordo com a FMT-HVD, nos últimos três anos a quantidade de pessoas que buscaram o procedimento foi 2.249, sendo 629 em 2020, 960 no ano passado e 660 de janeiro a agosto deste ano.

Além da FMT-HVD, o protocolo da PEP na capital também pode ser acessado no Instituto da Mulher Dona Lindu e na Maternidade Moura Tapajós.

O infectologista da FMT-HVD, Noaldo Lucena, explica que a PEP é uma das medidas de prevenção dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), que consiste no uso de medicamentos antirretrovirais (Dolutegravir e Tenofovir Lamivudina) para reduzir o risco de infecção pelo vírus.

Protocolo


O protocolo da PEP é iniciado a partir do momento em que o tempo transcorrido entre a exposição ao vírus e o atendimento na unidade de saúde é menor que 72 horas.

Além disso, o resultado do teste rápido da pessoa exposta deve ser não-reagente para o vírus.

Se o teste for positivo, o encaminhamento será específico para tratamento do HIV.

A partir do início do protocolo da PEP na unidade de saúde, o paciente fará uso de medicamentos por quatro semanas a fim de reduzir o risco de infecção pelo vírus HIV.

O especialista destaca, ainda, que a FMT-HVD oferece a profilaxia específica para outras doenças como hepatite B e infecções sexualmente transmissíveis (IST).

“Quando eu devo fazer isso? Todas as vezes que eu tiver uma relação ocasional com uma parceria eventual e eu desconheço o status sorológico dessa pessoa, quer seja para o HIV quer seja para as outras infecções sexualmente transmissíveis como gonorréia, sífilis, condiloma, clamídia e de uma coisa extremamente importante na região amazônica que é a hepatite B”, explicou.

O infectologista reforça a importância do acompanhamento médico, mesmo em casos assintomáticos.

Related Articles

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *