PF e Ibama explodem 81 dragas no Rio Madeira e garimpeiros fecham a BR-319

Operação é realizada nos estados do Amazonas e Rondônia e provoca protestos dos garimpeiros que fizeram barricadas com a queima de pneus interrompendo o tráfego na rodovia que liga os dois estados

A Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão realizando a operação “Lex Et Ordo” contra o garimpo e exploração de ouro ilegal no Rio Madeira nos estados do Amazonas e Rondônia.

Ontem (12), 81 dragas foram explodidas no rio para inutilizar equipamentos irregulares e garimpeiros fecharam um trecho da BR-319, que liga os estados de Rondônia e Amazonas.

A operação continua sendo realizada na região e há previsão de novas ações de combate ao garimpo ilegal. O Rio Madeira é considerado uma Área de Proteção Ambiental, e não tem a atividade de garimpo permitida no local.

Segundo a PF, a operação visa desestruturar organizações criminosas que lucram causando prejuízos ambientais com a mineração, modificação do curso natural do rio, destruição da vegetação ribeirinha e interrupção de canais de água.

No final da tarde de ontem (12), garimpeiros e familiares fecharam um trecho da BR-319 em Porto Velho, que liga a capital de Rondônia ao Amazonas, em protesto após dragas terem sido explodidas no rio.

Durante a manifestação, pneus foram incendiados na estrada que a ponte sobre o Rio Madeira, que liga o estado pela rodovia com o estado vizinho. Filas de carros e carretas foram formadas dos dois lados da via esperando pela liberação da BR.

A Polícia Militar e o secretário de Segurança Pública estiveram no local negociando para que o fogo em pneus fosse apagado e a estrada liberada. Helicópteros da Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Corpo de Bombeiros também estiveram no local e liberaram o tráfego de veículos.

Esta ano, uma operação da PF com a apoio das Forças Armadas explodiu 154 dragas no Rio Madeira, a 100 km de Manaus, no município de Autazes. Na ocasião, cerca de 300 balsas estavam na região fazendo exploração ilegal do minério e formaram uma cidade flutuante.