
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (30) esperar que o Congresso brasileiro seja um dos primeiros a aprovar o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), fechado na última sexta-feira. Ao chegar no Palácio da Alvorada, depois de retornar do Japão, onde participou de uma reunião do G-20, Bolsonaro disse que a expectativa é que o acordo entre em vigor em dois ou três anos.
“Missão cumprida. Atingimos todos os objetivos. No meio do evento, houve a concretização (do acordo) do Mercosul. As informações que eu tenho são as melhores possíveis. Entra em vigor daqui a uns dois anos ou três, depende dos parlamentos. Vamos ver se o nosso aqui…Talvez seja um dos primeiros a aprovar. Espero”, disse Bolsonaro.
A parte econômica do tratado, incluindo redução de tarifas, abertura do setor de serviços e isonomia nas licitações públicas para empresas instaladas nas duas regiões, depende da ratificação do Parlamento Europeu e dos congressos de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o que pode demorar de seis meses a um ano, de acordo de com a estimativa de fontes do governo brasileiro e do setor privado.
Já o braço político do texto, que abrange desde o fortalecimento da cooperação em áreas estratégicas como ciência, tecnologia e inovação, defesa, infraestrutura, meio ambiente e energia só entrará em vigor após a ratificação de todos os parlamentos, incluindo os nacionais europeus.
O presidente afirmou que o acordo só foi possível porque tem uma equipe escolhida por “critérios técnicos” e elogiou os ministros da Agricultura, Tereza Cristina, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Bolsonaro ainda defendeu a ampliação da venda da carne brasileira e brincou dizendo que ofereceu um churrasco para autoridades japonesas porque o que comeu lá, com carne australiana, era “genérico”.


