Verão amazônico tem impulsionado casos de doenças respiratórias. Pico é esperado para as próximas semanas.

Com a aproximação do chamado ‘inverno amazônico’, período em que doenças respiratórias são mais comuns, diversas redes de drogarias da cidade já registram um sensível aumento na busca por testes para Covid-19.
De acordo com representantes das redes Santo Remédio, FarmaBem e Flexfarma, a procura pelos exames de diagnóstico rápido para a doença aumentou em mais de 230% entre setembro e outubro.
Apenas em outubro, foram mais de 2.320, casos confirmados de covid-19 em todo o Amazonas, segundo a Fundação de Vigilância Sanitária Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Os registros diários saltaram de uma faixa abaixo de 50 casos para 278 no último dia 28 de outubro, recorde do mês.
Mas apesar do alto número de casos, o pico de novos registros deve ocorrer nas próximas semanas. “Em fevereiro deste ano, quando estávamos no pico da doença, chegamos a realizar 4 mil testes por dia. É claro que não temos essa expectativa, mas a curva crescente de casos indica que os positivos tendem a aumentar”, pontua a coordenadora farmacêutica.
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Procedimento
Sabrine Cordeiro explica que tem se tornado mais comum a ida de pessoas às farmácias com algum sintoma gripal ou após terem tido contato com uma pessoa que testou positivo para covid-19. Segundo ela, essas são as principais ocasiões em que um teste de covid-19 é indicado.
Ela ressalta que a procura por testes de influenza (H1N1) também tem crescido, em especial porque a doença gripal tem sintomas similares aos da covid-19, como febre, coriza e dores pelo corpo.
Doenças sazonais
Após o período mais grave da pandemia de covid-19, a doença tem caminhado para se tornar uma doença sazonal, ou seja, que costuma registrar maiores casos em determinada época do ano – no caso do Amazonas, no período chuvoso. Além do coronavírus, outras doenças mais comuns entre outubro e março são a influenza e a dengue.
“A explicação para o aumento de casos tem duas principais variantes. No caso dos vírus respiratórios [com transmissão pelo ar], acontece porque se torna mais comum que as pessoas compartilhem ambientes fechados, justamente por causa das chuvas. Além disso, no caso da dengue, por exemplo, aumenta o número de criadouros de mosquitos”, afirma a farmacêutica.


