‘Piratas’ morrem em confronto com a polícia no Rio Solimões

O ‘NaHora’ obteve informações e vídeos da operação em primeira mão 

Uma quadrilha de “Piratas” de rio trocou tiros com policiais militares do 5° Batalhão de Polícia Militar (5º BPM) de Coari, a 444 km de Manaus, na manhã deste domingo (7). Dois bandidos, Jacó Franco Assunção, 20 anos, e Alailson Florêncio de Souza, de 22, morreram no confronto com a polícia. Na ação foram presos Jhonatas Dias Souza , 21, e Rafael Pereira Aguiar, 24, moradores da Comunidade Monte Betânia, às margens do Rio Solimões. Outros dois marginais, identificados apenas como “Velho irmão do Capixaba” e “Fedoca”,  conseguiram escapar  levando pistolas e espingardas.

Com os presos a polícia apreendeu um arsenal pronto para ataques a comunidades e embarcações.  Numa lancha apreendida  (motor de 40hp), havia outro motor de popa reserva (do tipo rabeta), duas espingardas calibre 20, uma espingarda calibre 16, três cartuchos calibre 20, dois cartuchos calibre 12, cinco cartuchos calibre 16, dois cartuchos deflagrados, 100  litros de combustível, um binóculo, duas lanternas e sete  vasilhames para combustível vazios.

 “Estávamos em patrulhamento pelo rio, quando recebemos a denúncia de que uma lancha com seis homens fortemente armados haviam passado pelo local, fomos ao encalço da quadrilha e descobrimos a casa que funcionava de base para a quadrilha dentro da comunidade”, disse o capitão Maks Jean, que comandou a operação, aliado de outros sete militares.

Nesta casa, ainda segundo o militar, foi preso um casal e apreendida uma criança de 13 anos. Foram eles, que disseram à polícia que a quadrilha estava escondida a espera de “mulas de tráfico” de drogas nas proximidades e que após pegar os entorpecentes, voltariam para buscar mantimentos.  Um cerco foi armado e ao retornarem foi dada a voz de prisão. O bando reagiu atirando contra os militares.  

O subcomandante Geral da PM do Amazonas, coronel Silvio Mouzinho , o comandado do 5° Batalhão tenente coronel, Pedro Moreira, parabenizaram a equipe que participaram da operação pela agilidade e eficiência dada a dificuldade de acesso ao local onde o confronto aconteceu – sem colocar em risco a população local.

 “É uma região que causa preocupação pela dificuldade, é rio, vilarejo e mata fechada. Não é fácil combater esses bandidos.  A intervenção foi licita, tirando de circulação uma quadrilha que amedrontava os ribeiros e qualquer um que passe pelo rio.  Os trabalhos de combate ao tráfico e a essas quadrilhas serão constantes, diz o subcomandante.

As investigações sobre o caso, estão agora a cargo da Polícia Civil que irá ouvir os envolvidos para chegar aos verdadeiros “chefes” do bando e financiadores da quadrilha que estão na cidade de Coari/AM.