
O ex-juiz Wilson Issao Koressawa protocolou um pedido de prisão preventiva do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no Superior Tribunal Militar (STM). A petição foi encaminhada ao gabinete do ministro Artur Vidigal de Oliveira, que analisará o caso.
Koressawa foi juiz no Tribunal de Justiça do Amapá e, filiado ao PTB, concorreu ao cargo de deputado federal por Minas Gerais nas eleições deste ano.
Nas redes sociais e durante a campanha, ele levantou bandeiras bolsonaristas apoiando, por exemplo, os protestos contra o resultado das urnas que acontecem no país.
O pedido de prisão preventiva de Alexandre de Moraes foi protocolado na última segunda-feira (5/12) e pode ser acompanhado no sistema on-line do STM. O documento com a argumentação, no entanto, não está disponível para consulta.
Alexandre de Moraes, que preside também o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é um dos principais alvos dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Eles avaliam que o ministro se excedeu e tomou decisões inconstitucionais durante o processo eleitoral para prejudicar o candidato à reeleição, que acabou derrotado.
Histórico
Esta não é a primeira ação contra membros do STF. Em setembro de 2021, ele apresentou uma notícia-crime ao Ministério Público Militar pedindo a prisão imediata em flagrante dos ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes. No documento, o ex-juiz alega que os magistrados cometeram crime de genocídio e tortura por divulgarem, junto da Rede Globo, informações inverídicas sobre a pandemia da Covid-19.


