Crimes teriam ocorrido para vingar o assassinato de um sargento da Polícia Militar.

A Justiça no Amazonas deu início nesta quarta-feira (10) ao segundo dia de julgamento de policiais militares acusados de envolvimento em uma série de mortes ocorridas em julho de 2015 em Manaus, que teriam ocorrido para vingar o assassinato de um sargento da Polícia Militar.
O júri teve início na manhã de terça (9). De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas, três réus devem ser interrogados. Além disso, serão reproduzidos dois áudios de testemunhas, coletados durante a fase de instrução. Promotoria e defesa terão 2h30, cada, para fazer alegações.
No primeiro processo levado a julgamento, Bruno Cezanne Pereira, Dorval Junio Carneiro de Matos e Klebert Cruz de Oliveira, são acusados de uma tentativa de homicídio contra Carla Didia de Sousa Santos e dos homicídios de Fabrício de Oliveira Cavalcante e Anderson Sales Soares.
Este é o primeiro processo relacionado à “Operação Alcateia”, realizada para investigar as mortes e que apontou o envolvimento de PMs nos crimes.
A “Operação Alcateia” gerou outros cinco processos por crimes como homicídio (tentados e consumados), prática de grupo de extermínio, entre outros. Ao todo, dez pessoas foram denunciadas.
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Mortes
A série de assassinatos ocorreu entre 17 a 20 de julho de 2015. A maior parte dos homicídios registrados em três dias ocorreu nas Zonas Leste e Oeste de Manaus.
Dos, 21 dos 35 homicídios ocorreram nestes dois pontos, sendo 12 na Zona Leste e nove na Oeste. Os bairros com maior número de homicídios foram Santa Etelvina, Zumbi, Tarumã e Compensa. Em cada um destes locais, foram registradas três mortes.
A época, o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), Fábio Monteiro disse suspeitar que a série de mortes registradas em Manaus possa ter relação com a existência de um grupo de extermínio. Monteiro considerou a situação “preocupante” e disse que irá se reunir com órgãos de segurança.


