Futuro ministro de Lula recua um dia após descobrir que o seu indicado para a Polícia Rodoviária é mestre em Políticas Anticorrupção pela Universidade de Salamanca, na Espanha, e fã incondicional de Sergio Moro e Deltan Dallagnol da Operação Lava-Jato, que desarticulou o esquema de corrupção do PT

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou ontem, quarta-feira (21), um novo nome para ocupar a direção da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 24 horas após descobrir que a sua escolha inicial para o cargo, Edmar Moreira Camata, é um especialista no combate a corrupção. O futuro chefe da instituição será Antônio Fernando Oliveira (foto acima), que foi diretor do Detran-MA e superintendente da PRF no Maranhão, e alinhado ideologicamente com o Partido Comunista de Dino.
Oliveira, de 56 anos, aparece em uma publicação nas redes sociais aparece com um boné do Exército cubano e fumando um charuto, numa alusão a Fidel Castro.
O policial rodoviário é advogado por formação e iniciou a carreira pública na PRF da Bahia. Na sequência, ele foi transferido para Imperatriz, no Maranhão. Oliveira trabalhou junto a Flávio Dino no mandato dele como deputado federal e, posteriormente, como governador, por meio de seu trabalho no Departamento Estadual de Trânsito.
O “exonerado” que passou um dia como futuro diretor da PRF, Edmar Camata recebeu críticas por aliados de Lula por ter apoiado a Operação Lava-Jato, que desmontou o esquema de corrupção do PT, que apontou Lula como chefe do esquema.
Camata (foto abaixo) é secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo e mestre em Políticas Anticorrupção pela Universidade de Salamanca, na Espanha, tem especializações em Gestão Integrada em Segurança Pública e Ministério Público e Defesa da Ordem Jurídica, além de MBA em Gestão Pública.

“Eu reconheço o excelente currículo, ele [Edmar Camata] permanece vinculado à PRF, mas eu tenho buscado uma equipe ampla e com pluralidade. Preciso de uma equipe que tenha condição de levar o trabalho adiante”, justificou Dino afirmando que o cargo é político.