
A Prefeitura de Manaus abriu nesta quarta-feira (11) a campanha Janeiro Roxo, que busca a prevenção e o controle da hanseníase, em cerimônia realizada no auditório da Universidade Paulista (Unip), na Avenida Mário Ypiranga, no Parque 10.
A campanha vai promover nas unidades de saúde da rede municipal uma série de atividades como exame de pele para a detecção de casos suspeitos, ações educativas, palestras, roda de conversas, exposição de vídeo aulas, apresentação de teatro, caminhada com distribuição de material informativo e panfletagem nas ruas de maior fluxo de veículos.
A programação de janeiro vai incluir também uma nova etapa de aplicação do Questionário de Suspeição em Hanseníase (QSH), adotado pelo Ministério da Saúde para ampliar a detecção de casos da doença nos municípios brasileiros, com visitas domiciliares em áreas de 11 bairros de Manaus que apresentam maior incidência de hanseníase (Colônia Terra Nova, Monte das Oliveiras, Praça 14, Crespo, Flores, São José Operário, Puraquequara, da Paz, Redenção, São Jorge e Lírio do Vale).
Após a aplicação do questionário e avaliação das respostas a Semsa irá orientar os pacientes para atendimento na unidade de saúde, com realização de exames e definição do diagnóstico.
Caso confirmado o diagnóstico, o paciente terá acompanhamento e iniciará o tratamento de forma imediata. Dermatoses simples também serão acompanhadas pela UBS.
Casos
Em 2021, Manaus registrou 102 casos novos de hanseníase, com uma taxa de detecção geral de 4,67 casos/100.000 habitantes, sendo sete casos em menores de 15 anos.
No ano passado, o município registrou 111 casos novos, apresentando uma taxa de detecção de 4,92/100.000 habitantes, com sete casos novos em menores de 15 anos.
Doença
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen.
A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa doente, sem tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros, transmitindo para pessoas sadias que convivem próximo e por tempo prolongado no mesmo ambiente.
Por isso, os contatos dos pacientes, familiares e sociais, devem ser acompanhados nos serviços de saúde por um período de cinco anos para que, se houver a transmissão, a doença possa ser diagnosticada precocemente.
Apesar da alta capacidade de transmissão, poucas pessoas adoecem, já que a maioria da população possui defesa natural contra o bacilo.
Os sintomas surgem na pele e nos nervos. Os sintomas neurológicos incluem: formigamento, dormência, sensação de agulhada ou alfinetada, queimação ou sensação de brasa, sensação de um frio doloroso e sensação de choque elétrico.
Na pele surgem manchas claras, avermelhadas ou acobreadas, com alteração de sensibilidade, perda ou diminuição do suor, e perda de pelo.


