/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2023/5/k/Wl276USwC7WOPSwOgjgA/000-336u9qc.jpg)
Um comitê extraordinário da Federação Francesa de Futebol (FFF) decidiu afastar o presidente da entidade, Noël Le Graët, do cargo. O mandatário de 81 anos ficará impedido temporariamente de exercer suas funções, até que chegue ao fim uma auditoria realizada pelo Ministério do Esporte da França.
O vice-presidente da federação, Philippe Diallo, assumirá o comando interino por tempo indeterminado. Em comunicado, a FFF afirmou que “Le Graët opotou por se afastar das funções”. A gerente geral da entidade, Florence Hardouin, foi demitido por precaução.
A auditoria do Ministério do Esporte foi instaurada para investigar denúncias de assédio contra Le Graët, que vieram à tona depois de uma empresária de jogadores relatar ter sido vítima de abusos por parte do dirigente.
Em entrevista recente ao “L’Équipe”, Sonia Souid afirmou que, em 2014, recebia mensagens constantes de Le Graët e também foi convidada para um encontro instiucional com o mandatário e a secretária-geral da federação. Porém, depois foi informada que a outra dirigente não apareceria, enquanto duas taças de champanhe eram servidas. Ela decidiu ir embora. A rádio “France Inter” também afirma que “várias mulheres denunciaram atitudes” de Noël Le Graët.
Nesta quarta-feira (11) um grupo realizou um protesto na porta de federação, exibindo cartazes com as seguintes frases: “Ninguém mais acredita em papai Noel” e “No reino do machismo, todo dia é de Noel”.
Além das denúncias de assédio, o presidente de federação se tornou alvo de críticas pelo tratamento relatado a Zinedine Zidane, um dos maiores jogadores da história da França. Le Graët afirmou em entrevista que em momento algum considerou a hipótese de substituir o treinador da seleção, Didier Deschamps, por Zidane, completando que “sequer teria falado com ele (Zidane) ao telefone” se houvesse alguma tentativa de contato.