
O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, chegou na manhã deste sábado em Brasília, onde se entregou a Polícia Federal, que tinha um mandado de prisão contra ele expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele é acusado de omissão e conivência que teriam facilitado as manifestação que acabaram com a invasão do Congresso, STF e Palácio do Planalto, no último domingo (8).
Torres estava de férias com a família nos parques da Disney em Orlando, nos Estados Unidos. Assim que o avião pousou em Brasília (DF), Torres se apresentou e deixou o aeroporto de maneira discreta acompanhado de agentes federais.
Ao cumprir mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro no âmbito da decisão de Moraes, a Polícia Federal encontrou em um armário uma minuta de decreto para instaurar um “estado de defesa”, que seria levado para aprovação no Congresso na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de forma a abrir caminho para mudar o resultado da eleição do ano passado, em que Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Torres, o documento foi “vazado fora de contexto” após ser apanhado quando ele não estava em sua residência, e provavelmente integrava pilha de papéis para descarte. “Tudo seria levado para ser triturado oportunamente”, afirmou o ex-ministro em postagem no Twitter.


