
Após dois anos de vacinação contra a Covid-19, a mortalidade pela doença no Amazonas caiu de 24,6 para 0,07 por 100 mil habitantes.
Desde que a técnica de enfermagem amazonense Vanda Ortega foi a primeira vacinada em 18 de janeiro de 2021, no Centro de Convenções Vasco Vasques de Manaus, 8,6 milhões de doses foram aplicadas no estado, o que apresenta uma cobertura de 73,7% no esquema vacinal primário (duas primeiras doses) na população de 3 anos ou mais.
Da primeira dose aplicada da vacina, a taxa de mortalidade que mede a ocorrência de óbitos na população, era de 24,6, – 24 mortes a cada 100 mil habitantes.
Até a última quarta-feira 18 de janeiro de 2023, dois anos depois, a taxa de mortalidade é de 0,07, menos de uma morte a cada 100 mil pessoas.
Manaus tinha seis pessoas internadas confirmadas para Covid-19 até quarta-feira e os pacientes mais graves é de quem não concluiu o esquema vacinal.
No Amazonas, são 432 mil pessoas com aplicação da 2ª dose em atraso, 885 mil com a 1ª dose de reforço (3ª dose) e 799 mil com a 2ª dose de reforço para atualizar.
“Avançamos muito, mas depois de 2 anos de vacina, ainda há pessoas que não priorizam atualizar o esquema vacinal contra a Covid-19. Precisamos da adesão das pessoas à vacina. O perfil de pessoas internadas é justamente o de pessoas que não atualizaram o esquema vacinal”, diz Angela Desirée, gerente de Imunização do Amazonas em exercício, da FVS-AM.
Esquema vacinal
1ª Dose: quem tem a partir de 3 anos e ainda não começou o esquema vacinal. É obrigatório que o menor de idade esteja acompanhado por um responsável maior de 18 anos;
2ª Dose: quem tomou a 1ª dose da vacina e já se encontra no prazo da 2ª dose: AstraZeneca (28 dias), Coronavac (28 dias), Pfizer (21 dias) e Janssen (2 meses);
3ª Dose (1ª Dose de Reforço): crianças de 5 a 11 anos que tomaram a 2ª dose há, pelo menos, 4 meses, adolescentes de 12 a 17 anos imunossuprimidos que tomaram a 2ª dose há dois meses ou mais; pessoas a partir de 12 anos que tomaram a 2ª dose há 4 meses ou mais; pessoas a partir de 60 anos que tomaram a 2ª dose há 3 meses ou mais; imunossuprimidos que tomaram a 2ª dose há 28 dias ou mais;
4ª Dose (2ª Dose de Reforço): imunossuprimidos que tomaram a 3ª dose há 4 meses ou mais; pessoas a partir de 18 anos que tomaram a 3ª dose há 4 meses ou mais; trabalhadores da saúde que tomaram a 3ª dose há 4 meses ou mais.
Dose adicional: no caso de pessoas com doenças de imunossupressão está disponível uma dose adicional que é aplicada após a 2ª dose do imunizante, que é considerada a 5ª dose para este grupo e está disponível para este grupo desde agosto de 2022.
Bebês: bebês de 6 meses a menores de 3 anos apresentam esquema vacinal contra a Covid-19 de 3 doses: duas doses iniciais (D1 e D2), que devem ser administradas com quatro semanas de intervalo; seguidas por uma terceira dose (D3), oito semanas após a aplicação da segunda dose. O imunizante para essa faixa etária é o Pfizer específico para bebês.
Pontos de vacinação
De acordo com Djalma, os pontos onde a população poderia acessar as vacinas também foram pensados de forma estratégica desde o princípio, com endereços de fácil acesso, espaços amplos e ao ar livre e, ainda, a modalidade drive-thru.
Nesses dois anos, alguns pontos foram reabertos pela Semsa mais de uma vez, para atender à crescente demanda que se intensificou em momentos críticos da doença.
Os quatro locais mais procurados pela população durante a campanha foram, respectivamente, o Centro de Convenções Sambódromo (219 mil doses aplicadas), na zona Centro-Oeste; o Sesi Clube do Trabalhador (208 mil doses aplicadas), na zona Leste; o Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola (143 mil doses aplicadas), na zona Norte; e o Studio 5 (140 mil doses aplicadas), na zona Sul.


