
Milhares de pessoas foram às ruas em cidades do Peru na quinta-feira (19) para pedir a saída da presidente do país, Dina Boluarte. Foi a maior manifestação na capital Lima desde que os protestos começaram, em dezembro.
Muitas pessoas de fora da cidade viajaram para participar dos atos, em um movimento que foi chamado de “tomada de Lima”. Manifestantes e policiais entraram em confrontos.
Durante a noite, os confrontos ficaram mais sérios. Um incêndio atingiu um prédio perto de uma praça histórica na cidade. Ainda não se sabe se o incêndio tem alguma relação com os protestos.
Os manifestantes pedem mudanças políticas e querem também que haja responsabilização pelas mortes ocorridas durante os atos. Desde dezembro, os confrontos entre os grupos e as forças de segurança deixaram mais de 50 mortos.
Os manifestantes são pessoas que se opõe à atual presidente, Dina Boluarte. Na quinta-feira, muitos deles usavam camisetas contra ela e pediam a renúncia, além de novas eleições.
Muitas pessoas viajaram de regiões mais remotas do Peru até Lima. Parte dos manifestantes tem a mesma origem de Pedro Castillo, o presidente removido do cargo em dezembro: comunidades rurais nas montanhas dos Andes.
Nas regiões do sul do país, onde há mais comunidades rurais, as manifestações começaram pouco depois da queda de Castillo.
A população do Peru é muito dividida entre essas comunidades, mais pobres, e as elites, que estão em grande parte concentradas em Lima.


