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Morre ex-governador do Amazonas Amazonino Mendes, aos 83 anos

Ex-governador Amazonino Mendes vota nas última eleição, quando novamente foi candidato

O ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, morreu na madrugada deste domingo (12), aos 83 anos, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 25 de dezembro. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório e o traslado do corpo para Manaus, onde o político deve ser sepultado.

Amazonino Mendes vinha enfrentando problemas de saúde desde o fim do ano passado. Em novembro, ele chegou a ser internado para tratar uma crise de diverticulite – inflação no intestino grosso – e uma pneumonia.

Em dezembro, o político foi novamente hospitalizado por conta de uma piora no no quadro respiratório. À época, o ex-governador chegou a receber uma visita do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que passava por exames médicos de rotina no mesmo hospital antes da posse.

Pelas redes sociais, o presidente Lula lamentou a morte de Amazonino e lembrou o vídeo de apoio do ex-governador a sua campanha, no segundo turno das eleições de 2022.

“Amazonino Mendes tinha gosto e vocação política, governando o estado do Amazonas quatro vezes, representando-o no Senado, e sendo também prefeito três vezes de Manaus. Tenho orgulho e fiquei muito agradecido quando recebi seu apoio no segundo turno de 2022, em um vídeo onde defendia uma visão moderna de desenvolvimento para a região norte do Brasil. Amazonino se dedicou a causa da vida pública até o fim. Com merecimento seu nome seguirá sendo sinônimo do estado que governou e amou. Minha solidariedade e meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores de Amazonino Mendes”, escreveu Lula.

Filiado ao Cidadania, o político chegou a disputar o cargo de governador na última eleição, ficando em terceiro lugar com 355 mil votos. Se eleito, esta seria a quinta vez que Amazonino ocuparia o cargo de chefe do Executivo estadual. Ele também foi prefeito de Manaus por três mandatos e senador entre 1991 e 1992.

Trajetória

Amazonino Mendes nasceu em Eurinepé, interior do Amazonas, em 16 de novembro de 1939. Era formado em direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e iniciou sua carreira política em 1983, quando foi nomeado prefeito a primeira vez. Logo em seguida, em 1987, se elegeu governado fo estado do Amazonas. Disputou novamente uma eleição para o cargo em 1994, ganhando ainda no primeiro turno, e foi reeleito em 1998.

Amazonino Armando Mendes nasceu em Eurinepé, interior do Amazonas, em 16 de novembro de 1939. Se formou em direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e fez longa carreira política dentro do estado atuando quatro vezes como governador do Estado, uma vez como senador e três vezes como prefeito de Manaus.

Em abril de 1983, iniciou a carreira política ao ser nomeado prefeito da capital. Em seu mandato, deu especial atenção à urbanização dos bairros periféricos. Logo em seguida, em 1987, Amazonino iniciou o primeiro mandato como governador. Entre 1991 e 1992, exerceu o cargo de senador da República.

Em 1994, Amazonino foi novamente eleito governador do Amazonas, já no primeiro turno. Depois foi reeleito em 1998. Em seu governo, criou o polo graneleiro de Itacoatiara (AM) e a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás). Implantou também o programa denominado Terceiro Ciclo, destinado a promover o desenvolvimento do interior do estado através da produção de grãos.

Mantendo as contas do governo sob controle, Amazonino criou a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em 2001. No mesmo mandato intensificou a construção de escolas e postos de saúde pelo estado. Ao fim do mandato, em 2003, ficou fora dos holofotes até 2008, após amargar derrotas em tentativas de eleições para prefeitura e governo entre 2004 e 2006.

Em 2017 voltou a assumir o Governo do Amazonas após eleições suplementares para substituição do então governador José Melo e do vice Henrique Oliveira. Tentou a reeleição em 2018, mas foi derrotado pelo estreante Wilson Lima. No fim de sua trajetória política amargou outras duas derrotas: uma em 2020 para um novo mandato à frente da Prefeitura de Manaus, e em 2022, a última vez que concorreu ao governo do estado.

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