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Wilson Lima é único governador na conferência sobre água na ONU

Evento reúne chefes de Estado e de Governo, 80 ministros e altos funcionários governamentais, além de mais de 6.500 representantes da sociedade civil em Nova York

O governador do Amazonas, Wilson Lima, é único governador brasileiro a participar do evento promovido pelas Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York sobre o Dia Mundial da Água, que vai até esta sexta-feira (24). Em sua participação no evento, ele tem enfatizado o esforço do Estado em preservar e proteger os recursos hídricos da Amazônia amazonense e levar o líquido tratado aos moradores da região.

Lima está acompanhado do secretário de Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira; do presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Armando do Valle; e o secretário-chefe da Casa Civil, Flávio Antony Filho.

Pelo menos, 12 chefes de Estado e de Governo, 80 ministros e altos funcionários governamentais, além de mais de 6.500 representantes da sociedade civil participam do encontro.

O evento tem como objetivo conscientizar os países sobre a crise global de água que o planeta enfrente e obter compromissos de governos, instituições e comunidades para alcançar metas internacionais, como as que estão contidas na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

“O estado do Amazonas está aqui para ouvir, para aprender e também para compartilhar o que a gente tem construído no estado para preservar essas fontes hídricas e também garantir o acesso de água potável, principalmente às comunidades isoladas”, afirmou o governador.

Além da abertura da conferência, o governador também participou de um encontro chamado Diálogo Interativo, com o tema Água para a Saúde: acesso ao WASH, incluindo os Direitos Humanos de beber água potável segura e saneamento, além de outras agendas ao longo da programação, como painéis temáticos e reuniões com instituições e organizações internacionais em busca de parcerias.

“A nossa vinda aqui é importante para estreitar relação com organismos que tratam dessa questão da água e que também dão suporte tecnológico e financeiro. A gente tem algumas parcerias importantes com a Unicef, com a Agência Nacional de Água e outras instituições. Então, esse é um momento importante para a realização dessas reuniões paralelas e desses entendimentos para que a gente possa ir construindo caminhos para que a gente possa ter suporte e apoio dessas instituições”, explicou o governador.

Ações do Amazonas

No Amazonas, um dos projetos do Estado apresentados pelo governador Wilson Lima são os projetos “Água Boa” e Salta Z, coordenados e executado pela Cosama e Defesa Civil, que já levou água potável ao interior para mais de 130 mil amazonenses em 50 municípios, com um investimento de R$ 13,5 milhões.

Entre outros avanços estão a parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e com a Agência Nacional de Água (ANA), além da elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos, e da criação do primeiro Plano de Bacias, orientando a gestão da Bacia Hidrográfica do Tarumã-Açu, na capital do Amazonas.

“Se fala muito também, e hoje esse foi o ponto principal, em debater a questão da água e das mudanças climáticas, em especial porque as mudanças climáticas impactam primeiro populações mais pobres como ribeirinhos, indígenas, as populações do interior. Então, programar políticas públicas, recursos financeiros, para levar água boa para as comunidades é a grande meta e o objetivo que o governador tem liderado aqui na agenda da ONU”, avaliou o secretário da Sema, Eduardo Taveira.

Alerta global

Durante a abertura da conferência da ONU sobre Água – a primeira específica sobre o tema em quase 50 anos – o secretário-geral da organização, António Guterres, advertiu que a humanidade está “vampirizando” os recursos hídricos do planeta “gota a gota”. Nos últimos 40 anos, o consumo de água doce aumentou cerca de 1% ao ano.

“Estamos drenando o sangue vital da humanidade por meio do consumo excessivo vampírico e do uso insustentável, e evaporando a água com o aquecimento global”, disse Guterres, ao denunciar que a humanidade “quebrou o ciclo da água, destruiu ecossistemas e contaminou as águas subterrâneas”. “A humanidade se dirige, cega, por um caminho perigoso”, destacou.

A Organização das Nações Unidas, alerta ainda, que o acesso a água limpa e saneamento deve ser uma prioridade dos governos até 2030 e que pelo menos 2 bilhões de pessoas vivem sem acesso a água potável e mais de 3,5 bilhões não têm saneamento básico.

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