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Invasão Hacker: as perguntas que não querem calar

Walter Delgatti quando chegava para prestar depoimento ontem na PF, em Brasília. Imagens/reprodução

Após depoimento de Walter Delgatti ontem (26) na Polícia Federal em Brasília, muitas foram às perguntas e as dúvidas que ficaram no ar. Entre as respostas que ficaram para a PF desvendar está à movimentação de valores, investimentos, viagens e a compra de dólares pelo suspeito, que afirmou ter feito o que fez por “interesse público” e não ter recebido nada pelas informações repassadas ao jornalista Glenn Greenwald, apesar do amigo DJ Gustavo Henrique, ter dito ao seu advogado que Delgatti “iria vender o conteúdo para o PT”.

Morando de aluguel e com contas de luz e água em nome do amigo Danilo, também preso, Delagatt, vivia de “bicos”, realizando trabalhos para amigos, e não “lembra” a origem dos R$ 100 mil encontrados na sua casa e tampouco como conseguiu recursos usados para os investimentos virtuais em criptomoedas virtuais, como o Bitcoin.

O grupo preso na Federal movimentou um total de R$ 627 mil em três meses, de maio a julho – mais precisamente desde o Dia das Mães -, quando a ex-candidata como vice de Fernando Haddad na chapa do PT a Presidência da República, intermediou as negociações entre Delgatti e Gleenwlad.

Fora as questões financeiras, Delgatti afirma que apenas invadiu os programas e que extraiu mensagens trocadas no Telegram apenas por quatro procuradores da Lava-Jato, além do nome de 16 pessoas como o governador Pezão, ex-presidentes Lula e Dilma. Mas os investigadores da PF apontam que mais de 900 pessoas foram alvo de invasões ou tentativas de invasão nos últimos meses, entre eles o presidente Jair Bolsonaro, os presidentes da Câmara e do Senado e a procuradora-geral da República.

A PF ainda buscará esclarecer, entre todas as pessoas que sofreram ataques, quem teve o Telegram acessado, quem teve dados copiados ou quem foi vítima de tentativas malsucedidas de invasão. Algumas vítimas, como a deputada Joice Hasselmann, afirmam que o invasor enviou mensagens a terceiros se passando por ela.

Delgatti chegou a afirmar no depoimento que invadiu a conta de Moro no Telegram, ainda não há informações sobre como teriam atuado os outro quatro suspeitos. Gustavo Henrique Elias dos Santos diz que é inocente, assim como a sua mulher Suelen Priscila de Oliveira. O advogado dos dois afirma que Gustavo atua como promotor de eventos e não tem conhecimento de internet e de computação. Não há informações sobre as suspeitas da PF sobre Danilo Cristiano Marques.

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