Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para a Polícia Federal (PF) ouvir o general Gonçalves Dias. O então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) apareceu em imagens divulgadas na quarta-feira (19) circulando no Palácio do Planalto entre os manifestantes no dia 8 de janeiro.
A decisão, assinada ontem por Moraes, foi divulgada pela CNN Brasil. No documento, Moraes determina que o ex-ministro-chefe do GSI seja ouvido pela PF dentro de 48 horas.
Moraes ainda determinou que sejam identificados todos os militares que aparecem nas imagens dentro do Palácio do Planalto.
De acordo com o documento, caso esses militares não tenham sido ouvidos ainda, a coleta dos depoimentos deve ser realizada em até 48 horas.
Moraes ainda determinou a intimação pessoal e imediata do ministro interino do GSI, Ricardo Capelli, para identificar, no prazo de 24 horas, todos os servidores civis e militares que aparecem nas imagens que foram divulgadas pela CNN Brasil.
Imagens
As imagens divulgadas pela CNN na quarta-feira (19), derrubaram o então ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, um dos aliados mais próximos do presidente. O general aparece entre os manifestantes dentro do Palácio do Planalto em 8 de janeiro.
A demissão aconteceu depois que o presidente Lula convocou uma reunião de emergência com pelo menos três ministros do governo. O encontro não estava previsto na agenda oficial do petista. Na ocasião, foi discutida a permanência de Gonçalves Dias no GSI.
Inicialmente, a expectativa era que Dias fosse exonerado do cargo e não que pedisse o afastamento. Desse modo, ele é o primeiro ministro do governo Lula a cair — em quatro meses de governo.
Para a saída do GSI pesou o fato, conforme apurou Oeste, de que Lula se sentiu traído pelo general. O então ministro teria mentido, segundo a versão do petista, sobre as imagens da invasão ao Palácio do Planalto.
