Apontado como líder do grupo, Walter Delgatti Neto ficará na Superintendência da PF. Juiz converteu prisão temporária em preventiva
Três dos quatro suspeitos de hackearem os celulares da alta cúpula da República, entre eles o do presidente Jair Bolsonaro (PSL), foram transferidos da Superintendência da Polícia Federal para presídios no fim nesta desta sexta-feira (02).
Gustavo Henrique Elias Santos e Danilo Marques foram levados para a Papuda, e Suelen Priscila, para a Colmeia. Considerado o líder do grupo, Walter Delgatti Neto ficará preso na PF.
O juiz da 10ª Vara Federal em Brasília Vallisney de Oliveira converteu, na noite dessa quinta-feira (01), a prisão preventiva em temporária dos quatro suspeitos de integrarem o grupo. Eles estão detidos desde o dia 23 de junho.
Defesa do DJ suspeito de hackear Moro diz nega delação
O advogado do DJ Gustavo Elias Santos afirmou hoje que seu cliente não negocia um acordo de delação premiada e que outro suspeito preso teria isentado Elias Santos de envolvimento no ataque hacker ao celular do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e de outras autoridades públicas. Elias Santos foi transferido hoje da Superintendência da PF, para o presídio da Papuda.
Ariovaldo Moreira, que representa Elias Santos e Suelen Oliveira, mulher do DJ, diz que seus clientes vão conseguir provar sua inocência sob as suspeitas de envolvimento na tentativa de invasão aos aparelhos do ministro Sergio Moro e de outras autoridades.
“Pelo menos por parte dos meus clientes eu garanto aos senhores que não tem nenhuma possibilidade de delação”, disse Moreira, ao deixar a Superintendência da PF na tarde de hoje. Segundo Moreira, o investigado Walter Delgatti Neto, apelidado de “Vermelho”, teria dito em depoimento que Elias Santos e Suelen não tiveram relação com as invasões aos celulares de autoridades.
“O pouco que eu sei do depoimento do Walter é que ele isenta qualquer pessoa de responsabilidade. Qualquer pessoa [entre] as aqui presas”, disse Moreira.