
Erivan de Andrade Vidal foi posto em liberdade pelo Mutirão do Juri realizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas em Manaus, após ser preso por engano em janeiro de 2010 pelo assassinato de Toniel Carneiro Monteiro, que foi cometido pelo seu irmão gêmeo, no bairro da Compensa, na zona Oeste da capital amazonense.
De acordo com o processo 0255115-46.2014.8.04.0001, que tramita 1ª Vara do Tribunal do Júri, por ser gêmeo e muito parecido com o irmão, acabou sendo confundido pela polícia e preso, sendo denunciado em 2014 pelo crime.
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) conseguiu provar a inocência dele em julgamento que aconteceu na última quarta-feira (7), durante o Mutirão do Júri, que ocorre até o dia 31 de julho, no Fórum Henoch Reis, no Aleixo, em Manaus.
O Júri foi presidido pela juíza Roseane do Vale Cavalcante Jacinto. O Ministério Público foi representado pelo promotor Marcelo Martins, responsável pela acusação, e o defensor público Rafael Albuquerque Maia atuou na defesa do réu.
“Pelo interrogatório das testemunhas e do próprio réu, durante o julgamento nós conseguimos comprovar que Erivan estava sendo acusado de um crime que ele não cometeu. E pelo fato dele e o irmão, já falecido, terem os nomes similares, houve esse equívoco. Então, nós trabalhamos na defesa do réu para que ele fosse considerado inocente e assim aconteceu”, explicou o defensor público Rafael Albuquerque Maia.
“Durante todo o Júri, nós destacamos a importância do fortalecimento da defesa para que esse tipo de situação não ocorra mais e, assim, possamos evitar que pessoas inocentes sejam presas, julgadas e até condenadas por algo que não cometeram, e só reparar o erro depois de muito tempo”, disse o defensor público.
Saiba mais
De acordo com o inquérito policial que originou a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE), o suspeito teria atentado contra a vida de Toniel desferindo golpes de faca.
Toniel estava na rua quando foi abordado pelo acusado, que após a agressão fugiu do local. O motivo do crime não chegou a ser esclarecido. Apesar de o crime ser datado de 24 de janeiro de 2010, a denúncia foi oferecida em 2014.


