por: 
Uma nova série de depoimentos dos réus da Operação Maus Caminhos começa a partir desta terça-feira, (6), na Justiça Federal.
Hoje serão interrogados a ex-primeira-dama Edilene Gomes, o ex-secretário de Administração e irmão do ex-governador José Melo, Evandro Melo, além de Ana Cláudia Silveira e Keytiane Evangelista.
Na quarta-feira (7), será a vez de José Melo e dos ex-secretários da Susam, Wilson Alecrim e Pedro Elias, da Sefaz, Afonso Lobo, e da Casa Civil, Raul Zaidan.
Eles são acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de integrar uma organização criminosa que desviou R$ 104 milhões da saúde do Amazonas e que foi descoberta pela Operação Maus Caminhos – deflagrada pela Polícia Federal.
O ex-governador José Melo e cinco e-assessores de estado serão interrogados pela juíza Ana Paula Serizawa, da 4 Vara Criminal da Justiça do Amazonas. “Se for necessário as audiências poderão continuar nos outros dias”, disse a magistrada
Nesta ação – uma das 76 provenientes da Operação Maus Caminhos, o MPF acusa José Melo de ser chefe da organização criminosa. Ainda conforme a denúncia, Melo foi responsável por avalizar e permitir a continuidade do esquema criminoso criado ainda durante a gestão de Omar e, em um segundo momento, por nomear e manter nos cargos secretários de Estado de Fazenda, Sáude, Casa Civil e Administração, “pessoas de sua confiança”.
Ex-primeira dama – Na gestão de José Melo, Edilene Oliveira não era apenas a primeira-dama. Ela foi a presidente do Fundo de Promoção Social (FPS), com status e salário de secretária de Estado. Ela deixou o posto após a cassação do ex-governador, determinada em janeiro de 2016 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio deste ano.
Na época a Polícia Federal, foram constatou movimentações financeiras atípicas nas contas de empresas de Edilene Oliveira. Pelo menos dois salões de beleza que ela figura como sócia ou proprietária foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã de ontem.
A operação Maus Caminhos – foi deflagrada pela primeira vez em setembro de 2016 com foco em desmantelar uma quadrilha especializada em desviar recursos públicos do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas através de contratos com empresas terceirizadas, sendo a principal operadora do esquema o Instituto Novos Caminhos (INC), de propriedade de Mouhamad Moustafa e que inspirou o nome da operação. Na época, a PF afirmou que mais de R$ 110 milhões foram desviados.
